A Vigilância Epidemiológica confirmou, neste sábado (31), um caso de leishmaniose em um cão de Itapetininga (SP). A doença, transmitida por um mosquito conhecido como palha, pode contaminar cães, gatos, animais silvestres e seres humanos.

O cão contaminado tem quatro meses de vida, é da raça Pastor Alemão e chama-se Totó. Ele veio de Mato Grosso e há um mês apresenta sinais de leishmaniose. Mesmo com os sintomas da doença, a leishmaniose só foi confirmada após o cão passar por diversos profissionais. O veterinário Fernando Araújo foi o responsável por constatar a doença e avisar a Vigilância Epidemiológica. Ele recomenda quais medidas são necessárias para evitar o problema: “É preciso procurar um médico veterinário para fazer uma prevenção com vacinas e remédios repelentes do mosquito“, afirma Araújo.

Araújo também explica que o cão contaminado apresenta lesões no focinho, patas e olhos, além de baixo peso e rápido crescimento das unhas. Os sintomas apresentados são de uma forma leve da doença, que pode ser pior. “A leishmaniose é uma doença muito severa para os seres humanos e para os animais. Há uma orientação da zoonoses em sacrificar o animal“, conta.

O médico veterinário também conta que o Mato Grosso é local considerado endêmico, isto é, com incidência da doença. Porém, não se sabe se ele veio com a doença ou adquiriu em Itapetininga. Como a cidade nunca havia registrado um caso da doença, será necessário descobrir se há ocorrências do mosquito na região. “O Mato Grosso é uma região endêmica para a leishmaniose, então o cachorro pode ter vindo com a doença. Mas há também a possibilidade dele ter contraído aqui, pois existem estudos dizendo que há a doença e o mosquito transmissor na nossa região“, explica.

O Tem Notícias entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Itapetininga para saber o que pode ser feito para evitar mais casos. Mas até o momento desta publicação não houve resposta.