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Bial vê pior momento da seleção, e Hélio Rubens critica 'alta rotatividade'

SporTV

 Ver Porto Rico, Canadá, Uruguai e Jamaica vencerem o Brasil na Copa América deixou alguns dos principais técnicos de basquete do país desconcertados. Jogo após jogo, derrota após derrota, Alberto Bial e Hélio Rubens lamentaram os erros que levaram a seleção comandada por Rubén Magnano a depender de um convite para disputar o Mundial da Espanha, entre agosto e setembro de 2014. Sem apontar culpados, os dois treinadores reforçaram a importância de que o fracasso histórico em Caracas seja absorvido como lição tanto pelo grupo e quanto por todos aqueles que trabalham com a modalidade no país.

Atualmente no comando do Basquete Cearense, Alberto Bial foi se surpreendendo negativamente a cada nova apresentação da seleção. Disse que a derrota contra o Uruguai doeu. Que ver o Brasil arrasado pelo Canadá o deixou atônito. E que a “pá de cal” jogada pela Jamaica se transformou em sua lembrança mais triste relacionada ao país e à bola laranja.

- Foi o pior momento de uma seleção brasileira desde que me entendo por gente. Meu primeiro jogo de basquete foi em 1963, Brasil e Estados Unidos, no Maracanãzinho, com o Brasil se sagrando campeão mundial. O paradoxo maior foi esse jogo contra a Jamaica, que fez a gente ser eliminado com um rendimento muito abaixo do que nós esperávamos. É um momento de reflexão e não de atirar pedras e procurar culpados. Todos que militam no basquete brasileiro são responsáveis por isso, não uma entidade ou um time. Apontar um culpado é de uma covardia ímpar. É um momento de todos assumirmos o peso desta derrota, porque todos que fazem basquete têm responsabilidade sobre esta derrota. É hora de aprendermos para depois desfrutar, porque nós temos um potencial incrível e extraordinário, não tenho dúvidas. Nessa reflexão temos que ver como levar esse poder para as quadras. Desta vez não conseguimos representar. Essa não é a verdade do basquete brasileiro – disse, por telefone.

Hélio Rubens vê 'revezamento muito precipitado' durante os jogos
Hélio Rubens, que conquistou o Pan-Americano de Winnipeg (1999) no comando da seleção, expressou a esperança de que o Brasil receba um convite da Federação Internacional de Basquete (Fiba) – ao lado dos Estados Unidos, é o único país a disputar todas as edições do Mundial. Mas ressaltou um dos pontos que considerou mais falho na campanha verde-amarela na Venezuela: a excessiva rotatividade de atletas em quadra.
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- O Brasil foi irregular em todos os jogos. Houve um revezamento muito precipitado, não se manteve uma equipe que estava produzindo mais um maior tempo na quadra. A função do técnico é perceber para o jogo e o adversário qual formação está rendendo mais, se tem um jogador muito bem ou mal. Ali, estivesse bem ou mal, estava sendo feito um revezamento constante, sem uma sequência maior. Mas o Magnano é um bom técnico, tem uma boa comissão, e eles vão perceber o que houve e tomar as providências necessárias. Que sirva de lição para avaliação do comando administrativo e técnico, no sentido de que o Brasil possa se recuperar deste mau momento.

Lanterna do Grupo A, o time de Rubén Magnano se despediu, assim como o Paraguai, sem sequer uma vitória na primeira fase da Copa América. Porto Rico, Canadá, Uruguai, Jamaica, Argentina, México, Venezuela e República Dominicana seguem na disputa. Nesta segunda etapa, cada time enfrenta os adversários da outra chave. Os quatro primeiros na soma de pontos das duas fases avançam às semifinais e garantem vaga no Mundial da Espanha.
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