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Casos chocantes: injetar óleo no corpo “apodrece músculos” e pode levar à morte, dizem médicos

R7

 Depois de injetar óleo mineral nos músculos por quatro anos, o estudante Felipe Marinho, apelidado de “popeye carioca”, sofre com dores e inflamações e hoje pede socorro médico. De acordo com o cirurgião plástico, membro da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), Alexandre Kataoka, o método é completamente proibido e pode levar à morte.

— O óleo dificulta a circulação de sangue e o local entra em estado de necrose

Além de provocar deformidade e inflamações no corpo, o especialista explica que o óleo pode vazar para outros órgãos e provocar infecção “generalizada”

— Esse tipo de aplicação pode gerar uma infecção localizada e generalizada.

Ainda segundo o médico, há estudos que apontam que o óleo pode chegar até o fígado assim como outros órgãos prejudicando o funcionamento.

Segundo o cirurgião, o procedimento para retirada do óleo é “muito complexo”.

— É preciso abrir o local onde foi injetado o produto, retirar todo o óleo aplicado e fazer uma raspagem no músculo. O problema é que o resultado não é 100%. Além das cicatrizes serem grandes, o músculo fica deformado.

Ainda neste ano, a ex- modelo coreana Asa Mioku chocou ao contar que injetou óleo de cozinha em seu rosto, após os médicos terem se recusado a fazer mais uma cirurgia facial. Por causa das aplicações, ela ficou totalmente deformada. De acordo com Kataoka, a aplicação de óleos de cozinha e até silicone líquido é mais comum do que se imagina.

— Em meu consultório já recebi vários casos deste tipo. Para retirar o óleo do corpo utiliza-se o mesmo processo de raspagem que o óleo mineral, mas também não é 100% garantido que dará certo.

Na primeira operação, os cirurgiões removeram 60 g de silicone, óleo e outras substâncias estranhas do rosto de Asa, além de 200 g do pescoço. Porém, seu rosto segue deformado.

Além das graves infecções e deformações no corpo, o cirurgião Alan Bernacchi da SBCP e professor-assistente do Instituto Ivo Pitanguy conta que há casos de pessoas que injetaram óleo que exalavam o "cheiro do óleo"

Na busca pela beleza, a jovem Vânia Prisco, de 29 anos, também está sofrendo as consequências de aplicar um produto não recomendado pelos médicos para aumentar o bumbum. Após injetar acrílico (substância chamada de PMMA ou metacril), ela teve reações alérgicas e passou por quase 40 cirurgias.




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