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Após encontro com delegados, família diz que polícia não tem certeza da culpa de Marcelo

R7

 Familiares das vítimas do caso Pesseghini conversaram com delegados, na manhã desta quinta-feira (5), sobre o conteúdo dos laudos dos crimes que aconteceram entre a noite de 4 de agosto e a madrugada do dia 5, na zona norte de São Paulo.

Marcelo, de 13 anos, é apontado como principal suspeito de matar os pais, Luís Marcelo Pesseghini e Andréia Regina Bovo Pesseghini, a avó Benedita Oliveira Bovo e a tia-avó Bernardete Oliveira da Silva. De acordo com a versão apresentada pela polícia, o menino teria se matado depois de cometer os crimes.

Para Sebastião Oliveira Costa, tio-avô de Marcelinho, no entanto, a polícia não está certa dessa versão. Depois de sair da sede do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), Costa lembrou que ainda faltam laudos para serem analisados.

— Estão divulgando que foi a criança, eles [polícia] não têm certeza. A gente não sabe o que pode ter acontecido. Não vou falar sem ter uma posição correta. Ainda não chegou exames, não tem relatórios ainda provando. Tem que aguardar. A família continua dizendo que não acredita nessa fatalidade.

Costa afirmou que a família vai aceitar a conclusão da investigação policial quando todas as provas forem colhidas, mas que, por enquanto, acreditam na inocência do menino.

— Vamos sofrer, mas vamos aceitar. A gente não pode aceitar assim, estão acusando a criança sem ter provas ainda [...] A gente quer sossego, a gente quer paz.

O tio-avô declarou, ainda, que a família foi em busca de mais informações sobre o andamento das investigações. Os parentes foram atendidos por delegados do DHPP e a conversa durou quase quatro horas.

Investigação

Na última terça-feira (3) a diretora do DHPP de São Paulo, Elisabete Sato, disse que os laudos entregues pelo IC (Instituto de Criminalística) confirmam as suspeitas de que o estudante Marcelo Pesseghini, de 13 anos, matou os pais, a avó, a tia-avó e depois se suicidou em sua residência. O caso aconteceu na Vila Brasilândia, na zona norte da capital paulista, na madrugada do dia 5 de agosto.

De acordo com Elisabete, as perícias vão ao encontro dos depoimentos prestados pelas testemunhas ouvidas no DHPP. Ela disse que nem todos os laudos ainda foram analisados pela polícia e que poderá haver novos pedidos de esclarecimentos ao IC.

— Nós podemos afirmar que eles [laudos] estão coerentes com a investigação realizada desde o início.
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