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Comitê decide manter Siemens no Cadastro Pró-Ética, da CGU

G1

 O Comitê Gestor do Cadastro Pró-Ética, coordenado pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Empresarial, decidiu nesta sexta-feira (6), em reunião extraordinária, manter no cadastro de empresas consideradas "éticas" a alemã Siemens, investigada por esquema que envolveria 18 companhias suspeitas de participar de cartéis em licitações dos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal.

O Cadastro Pró-Ética lista empresas que assumiram compromisso com a ética empresarial e adotaram mecanismos para coibir ocorrências de fraude e corrupção. A saída do cadastro afeta a imagem da empresa, mas não estabelece nenhum tipo de punição, como a impossibilidade de firmar acordo com órgãos públicos.
A Siemens foi mantida na lista mesmo sem ter prestado as informações solicitadas pelo comitê que gerencia o cadastro. A companhia alegou estar impedida de dar alguns esclarecimentos por ter firmado acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a fim de colaborar com as investigações das denúncias de cartel.

De acordo com a CGU, a empresa ficará no cadastro em um “regime especial de rigoroso acompanhamento”. Neste período o comitê deverá fazer “monitoramento rigoroso dos fatos” e iniciar o processo de reavaliação quanto às condições para a empresa continuar no Cadastro Pró-Ética. O comitê solicitou no último dia 19 que a Siemens esclarecesse sobre os seus mecanismos de gestão desde que ingressou no cadastro, em 2011.

“Considerando a insuficiência de informações sobre a atuação da empresa após o seu ingresso no Cadastro (novembro de 2011), o Comitê Gestor do Cadastro Pró-Ética, reunido extraordinariamente no dia 06/09/2013, decidiu pela permanência da Siemens no Cadastro, sujeita a um especial acompanhamento”, diz a decisão do Comitê.

A decisão do comitê informa que “a Siemens respondeu que ‘apesar de entender perfeitamente a necessidade de mais informações para balizar a decisão, a empresa está totalmente impedida de dar qualquer detalhe acerca do caso por conta do acordo de leniência’”.

O Comitê Gestor do cadastro é integrado pela CGU e outras oito instituições: Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social; Confederação Nacional da Indústria (CNI); Federação Brasileira de Bancos (Febraban); BM&F Bovespa; Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio; Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex); Instituto de Auditores Independentes do Brasil (Ibracon); e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Segundo a CGU havia informado em nota publicada em agosto, se a empresa deixar de cumprir as exigências previstas nas normas do cadastro no momento da adesão ou se estiver envolvida em novas situações ou denúncias que comprometam o compromisso ético, poderá ser suspensa ou excluída do cadastro.
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