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Dilma diz que fará o 'possível e impossível' para que haja médicos

G1

 A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quarta-feira (11) o programa do governo federal Mais Médicos e disse que fará “todo o possível e impossível” para garantir que haja médicos disponíveis no país.

A vinda de médicos estrangeiros é polêmica e criticada pelas entidades de médicos porque permite que profissionais que se formaram no exterior atuem no Brasil sem a necessidade de fazer o exame de revalidação do diploma, o Revalida, que permitiria ao médico atuar tanto no setor público quanto no setor privado.

Também é alvo de críticas o contrato feito pelo governo brasileiro para trazer médicos cubanos, que receberiam menos que os outros profissionais estrangeiros.

Dilma disse que “não existe nenhum interesse maior” que os interesses da população. O governo, afirmou, respeita os médicos brasileiros, mas segundo ela, faltam profissionais no país.

“Por isso criamos o Mais Médicos porque vai, primeiro, dar oportunidade para os brasileiros. Por qualquer razão, sendo os médicos formados aqui não suficientes para preencher as vagas em municípios como esses das regiões metropolitanas, onde sabemos que faltam médicos nos postos de saúde e na atenção básica, o governo federal fará todo o possível e o impossível para garantir que haja médicos disponíveis”, disse Dilma durante discurso em São Gonçalo (RJ), onde anunciou investimento em obras de mobilidade urbana na região metropolitana carioca.

A presidente afirmou ter obrigação de escutar as demandas da população. “Um governo não pode ser surdo”, disse. “Nós sabemos que o Brasil tem um problema sério na área da saúde, porque vocês falam, as pesquisas mostram, a gente que vive em contato com governadores e prefeitos e escuta as reclamações”.

Ela lembrou que há 701 municípios nos quais não existe nenhum médico residente. Com o programa, o governo pretende trazer médicos formados fora do Brasil para trabalhar na atenção básica e nos postos de saúde, afirmou, para resolver uma “problema de caráter emergencial e urgente”. “A saúde das pessoas não pode esperar até que os médicos se formem, por isso trazemos o medico de fora”, justificou Dilma.
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