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Paraguai diz que casos de gripe suína no país devem aumentar

EFE

A ministra da Saúde do Paraguai, Esperanza Martínez, disse nesta terça-feira que os casos de gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1)-- podem aumentar no país nos meses de julho e agosto por causa do inverno.

"Esperamos que as complicações e problemas podem aumentar entre júlio e agosto, que são os meses de inverno mais forte e nosso período epidemiológico mais alto", afirmou durante a décima primeira Conferência Ibero-americana de ministros da Saúde.

Martínez recordou os casos de contágio de pessoas que estiveram na Argentina e nos Estados Unidos e explicou que, para evitar que a doença se espalhe, são efetuados controles "rígidos" nos aeroportos.

Dos 96 casos de gripe suína detectados no Paraguai, um se encontra em situação "muito delicada", segundo a ministra. Ela destacou, no entanto, que outros pacientes que tiveram complicações foram hospitalizados e já receberam alta.

A ministra da Saúde reconheceu a dificuldade em controlar a doença nas fronteiras com a Argentina e o Brasil, e ressaltou que o governo paraguaio realiza várias campanhas de informação para conter a propagação da gripe suína.

A reunião de ministros da cidade de Évora, em Portugal, conclui os trabalhos nesta terça-feira, após dois dias de debates sobre cooperação sanitária. As conclusões serão levadas à reunião de cúpula marcada para o final de novembro.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
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