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Após entrega de cargos, Campos não descarta novas conversas com Dilma

G1

 O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou, nesta sexta-feira (20), que soube pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que a presidente Dilma Roussef pretende convocá-lo para uma nova conversa quando retornar dos Estados Unidos. "Eu soube por Fernando que, na conversa, ela havia dito a ele que, quando voltar dos Estados Unidos, ela deseja falar comigo. Tantas vezes a presidenta da República do meu país quiser falar comigo, eu vou lá falar com ela. Tenho por ela muita atenção, ela sabe disso", garantiu, em visita ao Porto de Suape.

Campos também disse encarar com tranquilidade o pedido para que Bezerra Coelho permaneceça no cargo até o retorno de Dilma. "Ele até me ligou para falar sobre isso e eu disse que era natural aguardar, porque são questões administrativas, de interesse público, uma postura que não caberia outra que não fosse essa. Até porque a forma como saímos do governo foi uma forma elegante, fraterna, feita de maneira muito tranquila", afirmou. "Ela não esperava que houvesse essa posição que houve do PSB. Houve a posição do PSB e ela precisa de um tempo para fazer a viagem e as escolhas que ela tem que fazer. É tranquilo isso, não tem nenhum problema", completou.

Sobre a possibilidade de Fernando Bezerra Coelho ser o candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Campos afirmou não ter como se posicionar. "Não temos discutido nada em relação a 2014, questão eleitoral, nem com Fernando [Bezerra Coelho], nem com nenhum companheiro, porque o quadro aqui em Pernambuco tem uma relação direta com o que vai acontecer no quadro nacional, por razões óbvias. Enquanto a gente não tiver muito claro como vai ser o jogo nacional, fica muito dificil para nós do PSB decidir como é que se vai dar o quadro aqui no estado", detalhou o socialista.

Apesar de ter saído do governo no âmbito nacional, Campos garantiu que essa não é uma decisão que se repete nos estados e municípios. O governador disse que a legenda continuará apoiando governos do PT em estados como Sergipe e Bahia. Quanto a possível saída do PT do governo de Pernambuco, Campos afirmou que essa é uma posição que cabe apenas ao próprio PT.

"Se depender da nossa parte, é um prazer trabalhar com as pessoas do Partido dos Trabalhadores que estão trabalhando no nosso governo, como foi um prazer trabalhar com outros que participaram do primeiro governo e nos ajudaram na gestão", disse. "Eu deixei bem claro que a posição nacional que nós tomamos não é uma decisão verticalizada para todos os estados", concluiu.

Executiva estadual do PT se reúne
Integrantes da executiva estadual do PT e outros quadros do partido se reuniram, nesta sexta-feira (20), no Recife, para discutir que posição adotar em Pernambuco. Na pauta, a decisão que a sigla deve tomar com relação aos cargos que ocupa no governo de Eduardo Campos.

Em breve participação durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa do estado pela manhã, o deputado federal Fernando Ferro deixou claro a opinião que levaria até a reunião do partido. "O governador entregou os cargos no plano federal, eu acho mais que natural que o PT saia também do governo do PSB aqui no estado. É uma questão de coerência", disse.

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