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Missão de Júlio Campos antes da aposentadoria é tirar grupo Maggi e Silval do Paiaguás

De Brasília – Vinícius Tavares

Prestes a encerrar mais de 40 anos de vida pública, o deputado federal Júlio Campos (DEM) tem ainda uma grande missão antes de deixar os holofotes da política mato-grossense. Ele concentra seus esforços na construção de um projeto político que pode tirar do poder o grupo que tem no senador Blairo Maggi (PT) seu principal expoente e que está no poder há 10 anos.

Escolhido para comandar o Democratas e preparar o partido para as eleições de 2014, o deputado aposta suas fichas na definição do senador Pedro Taques (PDT) como o pré-candidato da oposição.

“Quem não faz parte do governo Sival é oposição, que é o PSDB, Democratas, PDT, PSB, PPS. Estamos conversando. O candidato natural da oposição é o senador Pedro Taques”, destaca.

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Experiente e rodado, Júlio observa com cautela a composição dos aliados para formar com o PDT uma chapa. A prioridade, segundo ele, é definir Taques e encontrar num candidato vice-governador que seja capaz de obter votos em outras regiões além da baixada cuiabana.

“A (ex-senadora) Serys é um bom nome, é uma grande puxadora de votos. Acredito também que um nome do Nortão como o ex-prefeito Marino Franz, de Lucas do Rio Verde. É um nome ligado ao agronegócio e tem experiência como administrador”, observou.

Questionado sobre a posição dúbia do PR em relação ao futuro, já que o partido integra o governo Silval, mas flerta com Taques ao mesmo tempo, o deputado acredita que os liderados de Wellington Fagundes vão se manter fiéis ao PMDB.

O parlamentar critica ainda o presidente do PMDB e deputado Carlos Bezerra, que vetou coligações do seu partido com DEM e PSDB por ser contra aliança com partidos de direita.

“Quem é Bezerra para vetar este ou aquele partido. Como se o PMDB fosse de esquerda. PMDB só vive em função de governo”, ironizou.

Conjecturas à parte, o certo é que o grupo de oposição já iniciou conversas decisivas. Júlio Campos, inclusive, recebeu em seu apartamento funcional, em Brasília, há quase duas semanas, os senadores Jaime Campos (DEM) e Pedro Taques (PDT), os deputados Nilson Leitão (PSDB) e Valtenir Pereira (PSB), o prefeito de Rondonópolis Percival Muniz e o deputado estadual Zeca Viana (PDT). Aposta tudo no último voo.
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