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Trabalhos em armazém que explodiu em SC devem durar mais 20 dias

R7

O governo de Santa Catarina prevê que os trabalhos no armazém de fertilizantes que explodiu, em São Francisco do Sul, possam durar mais 20 dias. A expectativa é de que a fumaça tóxica, que tomou o céu da cidade e que já chega ao Paraná, deva começar a diminuir nos próximos dias.

Após a conclusão do trabalho do Corpo de Bombeiros, outras equipes deverão entrar na área. Serão feitas avaliações de danos ambientais e também a parte investigativa do acidente, que retirou cerca de 150 famílias de casa, na quarta-feira (25).

Técnicos da Vale Fertilizantes, que produz e distribui a substância, chegaram, na quinta-feira (26), a São Francisco do Sul para ajudar os bombeiros a estudar alternativas no combate ao incêndio. Cinco peritos do IGP (Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina) também já estão no local do acidente para começar a apurar as causas da explosão.

Ontem, a fumaça já era diferente daquela registrada na quarta-feira. De alaranjada, ela passou a ter uma cor cinza. Mesmo assim, o governo do Estado afirma que a fumaça continua sendo considerada moderadamente tóxica.

A grande dificuldade dos bombeiros no momento é identificar os locais onde há mais concentração de calor. Para ajudar, eles utilizam um visor térmico. Após verificar o local, jogam água nas proximidades para fazer o resfriamento, já que se o nitrato de amônio for molhado provocará mais fumaça ainda.

A assessoria de imprensa do governo afirmou que cerca de 20% dos moradores de São Francisco do Sul deixaram a cidade. No centro histórico, por exemplo, comércio e serviços não estão funcionando.

A água usada no resfriamento está sendo recolhida e depositada em local seguro porque pode conter algum tipo de contaminação. Ela será analisada posteriormente.

Bombeiro internado

O bombeiro voluntário que passou mal após inalar a fumaça, logo após a explosão, permanecia internado na UTI de um hospital de Joinville. Segundo o governo, o estado de saúde dele é considerado grave.

Ele teve uma complicação denominada síndrome de angústia respiratória aguda, que é um tipo de insuficiência pulmonar em que há acúmulo de líquido nos pulmões. O bombeiro voluntário respirou a fumaça tóxica por cerca de um minuto.

Hoje, a fumaça já era considerada menos prejudicial, mas ainda com potencial de causar irritações nas mucosas, caso inalada ou ingerida diretamente.
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