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PR: mulher conheceu na internet namorado suspeito de matar filha após carona

R7

Testemunhas contaram à polícia que o homem suspeito de matar a estudante Aline Moreira, de 18 anos, conheceu a mãe dela pela internet. Ele morava em Curitiba (PR) e foi até Mafra (SC) se encontrar a mulher com quem passou a ter um relacionamento amoroso. O delegado Sérgio Luiz Alves informou ao R7 que a estudante se dava bem com o padrasto, apesar do pouco tempo de namoro dele com a mãe, cerca de três meses, segundo os depoimentos.

A estudante foi encontrada morta no final da tarde de terça-feira (1º), na cidade de Rio Negro (PR). A vítima estava sem roupas e com hematomas na cabeça. O delegado informou que laudos da perícia devem indicar as causas da morte e se ocorreu abuso sexual.

O enterro da jovem foi na tarde de quarta-feira (2), em Mafra (SC). O irmão dela, Ildes Moreira, foi quem reconheceu o corpo. Ele disse que não vai se cansar até encontrar o autor do crime.

— Eu sou um que vou procurar até o fim. Vamos esperar a Justiça.

De acordo com o delegado, existe uma queixa contra o suspeito por tentativa de estupro contra uma mulher que ele também teria conhecido pela internet. Ele foi identificado como José Ademir Radol, de 48 anos, e está sendo procurado.

Um pescador contou à polícia que passava pela estrada da cidade no sábado (28) quando a jovem e o homem, de 45 anos, o pararam para pedir carona. Eles disseram que o carro em que estavam quebrou e precisavam seguir viagem. O pescador ficou com medo porque não viu nenhum veículo ao redor e decidiu não levar os dois. Na volta, cerca de uma hora depois, ele passou pelo mesmo caminho e viu apenas o homem.

— A testemunha disse que a jovem conversou com ele. Pediu ajuda para seguir viagem, mas ele jamais imaginou que o homem que a acompanhava estivesse colocando a vida da estudante em risco. Ele contou que na volta, o homem estava cabisbaixo e tentou fugir quando viu a luz do carro.

O depoimento foi determinante para que a polícia considerasse o namorado da mãe como suspeito, segundo o delegado.

— No sábado, o suspeito ligou para o irmão dizendo que o carro estava quebrado e que ele havia perdido a chave. Ele ligou também para a mãe da Aline dizendo que a tinha deixado em Curitiba. Uma mentira. Ele não chegou a Curitiba e as chaves do carro estavam ao lado do corpo.

Depois desses contatos, o suspeito desapareceu. Aline morava em Mafra e pegou uma carona com o suspeito para ir até Curitiba visitar o namorado. A mãe da jovem disse ter recebido mensagens pelo celular de pedido socorro enviadas pela filha.

A zona de rio Negro faz divisa de Santa Catarina com o Paraná, por isso, as polícias dos dois Estados investigam o caso.
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