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Marina se filia ao PSB e diz que candidatura de Campos à Presidência é "legítima"

Reuters

 A ex-senadora Marina Silva se filiou neste sábado ao PSB e disse em discurso que a candidatura do presidente do partido, Eduardo Campos, à Presidência da República é "legítima", e que ele corre o risco de ser "cassado", assim como, segundo ela, aconteceu com a Rede Sustentabilidade, legenda que ela tentava criar para disputar as eleições de 2014.

"O PSB já tem candidato (a presidente), está posto e por que não apresentar o nosso programa a esse candidato?", disse a ex-senadora.

Marina disse que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de rejeitar o pedido de registro da Rede "cassou" o direito da nova legenda disputar as eleições e disse que a Rede é "o primeiro partido clandestino criado em plena democracia".

A ex-senadora afirmou que a candidatura de Campos também corre o risco de ser cassado por aqueles que tentam minar as pretensões eleitorais do socialista, que também é governador de Pernambuco.
Marina ocupa a segunda colocação nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2014, enquanto Campos aparece na quarta posição na preferência do eleitorado.
Recentemente o PSB anunciou sua saída do governo da presidente Dilma Rousseff, abrindo caminho para uma candidatura própria do partido à Presidência da República.

Dilma lidera a corrida eleitoral do ano que vem à frente de Marina. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), está na terceira posição, de acordo com as pesquisas.

A aliança entre Marina e Campos também coloca lado a lado na eleição do ano que vem duas figuras políticas com histórico de ligação com o PT.

Marina foi senadora pelo partido e ministra do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Campos também foi ministro de Lula e o PSB apoiou o PT em cinco das seis eleições presidenciais disputadas desde a redemocratização do país. Somente em 2002 os socialistas não apoiaram o PT no primeiro turno, mas se juntaram aos petistas no segundo.
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