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Notícias / Informática & Tecnologia

Entidade abre discussão sobre ampliação de domínios na internet

Folha Online

A Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (Icann, na sigla em inglês) informou que estuda a ampliação de domínios na internet a partir da opinião do público, por meio de um fórum on-line.

Aberto até o dia 13 de abril, o site servirá como uma ouvidoria a respeito do assunto. O anúncio foi feito na segunda-feira (9), como resultado de um encontro público realizado semana passada, na Cidade do México.

A ideia da organização é estender os atuais 21 TLDs (da sigla em inglês, "domínio de topo de nível", que é a parte final de um domínio de internet, como.com,.net,.info ou.org) para outros sufixos de internet mais específicos e segmentados (como, por exemplo,.auto para empresas que trabalham com automóveis).

A Icann afirma que mais TLDs são necessárias porque, como mais partes do mundo estão conectadas e mais sites são criados, os domínios disponíveis estão se esgotando.

Mas, segundo o site australiano da PC World, a proposta sofreu duras críticas de corporações, porque abre precedentes para violação de marcas.

"Companhias compram registros de domínios na internet porque sentem que devem fazê-lo, a fim de impedir que suas marcas sejam enfraquecidas por parasitas", afirmou o advogado John Mackenzie, da empresa Pinsent Masons, em seu blog.

Bento 16 X Al Gore
O defensor do ambiente Al Gore é um dos que endossam e tentam persuadir a Icann para a ampliação de domínios --a ideia é criar um exclusivo para assuntos ambientais na internet.

O.eco seria utilizado por organizações e grupos ligados à defesa do ambiente --que, até então, usam o sufixo.org para o endereço eletrônico na rede. No entanto, para isso, ele "enfrenta" um adversário de alto escalão: o papa Bento 16.

O papa é contra a medida porque, segundo o "The Daily Telegraph", abriria possibilidade da criação de extensões como.anglican ou.hindu. "E, possivelmente,.bruxa ou.satan", ironiza o jornal.

O Vaticano escreveu para o Icann advertindo que essa "disputa penosa" pode resultar na existência de "domínios controversos" na base da religião e de congregações.
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