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SP: PM promete 'resposta enérgica' contra agressão a coronel em protesto

Terra

 O major Mauro Lopes, da Polícia Militar, afirmou na tarde deste sábado que a corporação está muito próxima de dar uma "resposta enérgica" contra os manifestantes que depredaram a cidade de São Paulo durante as manifestações. Na noite de sexta-feira, o coronel Reynaldo Simões Rossi foi agredido por um grupo de manifestantes durante um protesto no centro da capital paulista. O major chamou o grupo de "delinquentes" por ter agido de forma covarde.



"Estamos chegando mais perto de uma resposta mais enérgica. Essa luta não é só da PM, é de todos nós. Fazemos um trabalho difícil e pessoas de bem são lesionadas. Não podemos enaltecer, dar crédito, a esse grupo. É hora de união de esforços das forças da sociedade. Ninguém quer ver essa cidade desse jeito", afirmou o representante da PM, durante uma entrevista coletiva convocada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Após a manifestação de ontem, 92 pessoas foram detidas, sendo levadas para o 1º DP, para o 6º DP e para o 78º DP. Porém, apenas oito delas seguem presas. Paulo Henrique Santiago dos Santos, que se identificou como comerciante, foi indiciado por tentativa de homicídio e lesão corporal contra o coronel da PM, além de lesão corporal e roubo. Ele será encaminhado para o presídio de Belém. Outros sete foram indiciados por dano qualificado, formação de quadrilha e explosão. Além disso, três menores foram encaminhados para Fundação Casa.

O major da PM foi questionado sobre o motivo de o coronel ter sido agredido e por estar sozinho no momento em que foi abordado. Mauro Lopes afirmou que faz parte do perfil do coronel tentar negociar.

"O coronel tem um perfil negociador, conciliador. Não se esperava uma agressão tão covarde e tão conjunta. Seu motorista manteve o controle, o profissionalismo. Temos que reagir na medida exata, usando meios lícitos. Quero crer que pela simplicidade do coronel, ele mesmo tenha sido surpreendido com uma violência tão fora de propósito", afirmou.

Durante o confronto entre manifestantes e policiais no terminal Parque Dom Pedro II, o coronel foi cercado e agredido, sofrendo fratura de clavícula e levou uma pedrada na cabeça - há suspeita de traumatismo craniano. O rádio e a arma do oficial foram roubados, mas a polícia já encontrou o objeto de comunicação.

"Somos paulistas e precisamos nos unir para defender essa cidade. Temos confiança e vamos imprimir uma energia forte a esse bando de delinquentes. Defendemos o direito de manifestação. Quem vai de rosto coberto não tem boas intenções. Não queremos que banalizem as manifestações", disse o major.

Domingos de Paula Neto, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, afirmou que as medidas judiciais estão sendo tomadas e que a prisão de oito pessoas mostra que o trabalho está sendo feito. "As polícias e a sociedade paulista estão cansadas, como puderam constatar ontem, de ser prejudicadas por uma minoria inconsequente. Ontem chegou-se ao absurdo de se atentar contra a vida do coronel Rossi. As prisões estão sendo efetuadas, mas depende de, naquele momento, o delegado ter condições de individualizar a conduta de cada um. Não podemos adotar nenhuma providência de cunho policial sem o indivíduo dar início a uma ação criminosa", afirmou.
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