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Justiça em Ouro Preto (MG) retoma julgamento de acusados de matar estudante
Folha Online
O julgamento dos quatro acusados de envolvimento na morte da estudante Aline Silveira Soares, 18, foi reiniciado às 13h40 desta quinta-feira em Ouro Preto (MG). O crime ocorreu em outubro de 2001.
Estão previstos para hoje os depoimentos de três testemunhas de acusação --entre eles a mãe e o irmão mais velho da vítima-- e de outras sete testemunhas de defesa. Ao final desses depoimentos, terá início o interrogatório dos acusados.
À 0h10 de desta quarta-feira (1) a sessão foi suspensa após o depoimento de outro irmão da vítima, convocado pelo Ministério Público. Por terem algum tipo de ligação familiar ou de amizade com a vítima, essas testemunhas não são consideradas pela juíza e não prestam juramento. Além disso, tais informantes não moram em Ouro Preto e, por isso, manifestaram o desejo de serem ouvidos ainda ontem.
Ainda não há previsão para o término do julgamento.
Crime
Para a acusação, a jovem pode ter sido morta durante um jogo de RPG (Role Playing Game) --na época do crime, a polícia encontrou livros de RPG entre os pertences dos acusados e indícios de que o crime teria sido inspirado no livro "Vampiro - A Máscara".
A denúncia da Promotoria diz que Aline foi a Ouro Preto para uma festa com uma prima --que está entre os quatro réus. As duas chegaram à cidade em 11 de outubro e ficaram na república dos outros três acusados.
O corpo da estudante foi encontrado na madrugada do dia 14 de outubro de 2001 no cemitério da igreja de Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia. Ela estava sem roupas e apresentava 17 lesões pelo corpo.
A prisão preventiva dos acusados foi decretada em abril de 2006. Segundo o Ministério Público, os acusados tentaram obstruir provas durante as investigações. A polícia afirma que os acusados tiraram cartazes de jogos RPG da república, lavaram roupas e limparam um dos quartos com cloro.
Os quatro acusados são acusados de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e com impossibilidade de defesa para a vítima.