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'Eu amava meu filho', diz mulher que matou filho usuário de drogas em MS

TV Morena

 'Eu amava meu filho, eu procurei ajuda para ele', fala ao G1 a mulher de 55 anos que disse à Polícia Civil ter matado o filho usuário de drogas no dia 12, na casa onde moravam, em Rio Verde do Mato Grosso, a 194 quilômetros de Campo Grande. Ela justifica a ação dizendo que agiu em legítima defesa. O delegado responsável pelo caso, Eder de Oliveira Moraes, diz que testemunhas apontam que outra pessoa também atirou no rapaz de 24 anos.
A mulher, que preferiu não se identificar, conta que o filho era usuário de drogas pelo menos desde 2008, ano em que ele foi internado pela primeira vez para se livrar da dependência química. Segundo ela, o jovem sempre fugia das unidades de tratamento. “E era aquela luta”, define.
De acordo com a mãe, o filho era agressivo com ela, com outros familiares e também com a esposa, gestante. “Ele me batia, batia na mulher. Uma vez ela foi levada para o hospital cheia de sangue”.
Aparentemente abalada, a mulher diz que na madrugada do crime viu o filho chegar em casa e esconder algo. “Achei que era droga, mas quando ele dormiu vi que era um revólver”. Segundo ela, ele havia roubado a arma.

A mulher fala que escondeu o revólver e que à tarde quando o filho a tentou agredir com um facão, pegou a arma e atirou. “Não sei o que passou pela minha cabeça. Eu dei um tiro, ele correu e dei mais”, lembra, acrescentando que já havia dado pelo menos R$ 60 ao rapaz pela manhã, após discussão em que ele jogou um ventilador e pedra nela. “Uma sessão de tortura”, resume.
Segundo o delegado, o jovem foi atingido por seis tiros. Ele chegou a ser atendido pelo Corpo de Bombeiros, porém, não resistiu aos ferimentos. Quatro dias depois, a mulher confessou o crime. Testemunhas contaram à polícia que o cunhado da vítima também atirou. “Ele nega”, fala Moraes.
Ainda de acordo com o delegado, testemunhas também falaram “que ela chegou e atirou” no rapaz. Já a mulher, que tem outros quatro filhos, conta que agiu em legítima defesa. Ela responde ao inquérito em liberdade. A vítima tinha 15 passagens policiais por diversos crimes, inclusive relacionados à própria família.
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