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Notícias / Meio Ambiente

Greenpeace pede que França defenda ativistas detidos na Rússia

G1

 O Greenpeace pediu nesta quinta-feira (31) que o ministro francês Jean-Marc Ayrault, em visita a Moscou, defenda a libertação dos 30 tripulantes do navio Arctic Sunrise -- 28 integrantes da organização ambiental e dois jornalistas -- detidos na Rússia desde setembro, e não apenas interpele pelo cidadão francês que figura entre eles.

"Consideramos que não se deve fazer distinções entre os 30, ainda mais quando entre eles há russos, para os quais a situação poderia ser mais complicada", declarou à emissora France Info o diretor do Greenpeace França, Jean-François Julliard. "Pedimos que Jean-Marc Ayrault não se esqueça dos 30 e dirija a mesma mensagem às autoridades russas: é preciso libertar todos", acrescentou Julliard.

O primeiro-ministro francês realiza uma visita de dois dias à Rússia. O barco do Greenpeace foi interceptado por um comando russo no dia 19 de setembro depois que seus ativistas tentaram escalar uma plataforma petroleira do gigante Gazprom para denunciar os riscos ecológicos que ela representa.

Brasileira está entre o grupo
Entre os 30 membros da equipe está a brasileira Ana Paula Maciel. Na última semana, ela prestou depoimento à Justiça em Murmansk, na região do Ártico, mas a Rússia negou o pedido de fiança. Os advogados do Greenpeace tinham feito uma apelação para que Ana Paula pudesse responder ao processo em liberdade.

Os detidos vão responder por 'hooliganismo', ou vandalismo, que caracteriza comportamento violento, uma punição considerada mais branda. A pena para esta acusação é de até sete anos de reclusão. Inicialmente, eles foram acusados formalmente pela Justiça russa por pirataria e, se fossem condenados, poderiam cumprir penas de até 15 anos de prisão.

Os ativistas procedem de 19 países: Brasil, Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Dinamarca, Finlândia, Suécia e França.
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