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Aécio rebate críticas de Lula a FHC: 'tem que parar de brigar com a história'

Terra

 O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), rebateu nesta quinta-feira as críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao governo de seu antecessor, o também tucano Fernando Henrique Cardoso. Segundo Aécio, Lula deve "parar de brigar com a história".

Ontem, durante evento em comemoração aos dez anos do programa Bolsa Família, Lula fez críticas ao governo de Fernando Henrique, acusando a política cambial do PSDB de fazer "esse País quebrar três vezes" em 1998. "Nós nunca tivemos tanto tempo de estabilidade, nunca tivemos um País tão seguro como agora. Alguém me diga qual momento da história esse País teve 10 anos com a inflação dentro da meta?", questionou Lula na ocasião.

Favorito para ser o candidato do PSDB à Presidência da República em 2014, Aécio creditou à estabilidade econômica do País nos mandatos de Lula às políticas implementadas por FHC. "O presidente Lula tem que parar de brigar com a história. Se não houvesse governo do presidente FHC com a estabilidade econômica, não teria sequer havido o governo do presidente Lula", disse.

Aécio reiterou que Lula teve oportunidades valiosas ao assumir o governo, sucedendo FHC. "Teve duas importantes virtudes no seu governo, quando dá sequência e ampliação de programas sociais do governo do presidente FHC, que deixou 6,9 mil famílias já cadastradas, recebendo algum benefício", declarou. A segunda virtude seria "quando, contrariando todos os discursos de sua campanha, mantém a política macroeconômica do governo anterior. É uma bobagem ele esquecer o que veio antes dele. É uma demonstração de fragilidade, grande incoerência, querer criar adversários virtuais", disse Aécio.

O presidente do PSDB ainda afirmou que Lula faz sobra à presidente Dilma Rousseff, em sua campanha pela reeleição. "Mesmo sem querer, vai criando uma sombra sobre ela. O que eu vejo é o PT hoje muito ansioso, aflito, duvidando das condições da presidente da República, que eu acho que não são boas para alguém que disputa a reeleição e deveria estar em uma condição muito melhor do que ela está", disse, mesmo diante de pesquisas que apontam a possibilidade de Dilma ser reeleita ainda no primeiro turno em 2014. "Hoje mais de 60% dos eleitores brasileiros dizem não querer votar em uma candidatura do PT. Isso gera inseguranças internas. Mas são questões que eles terão que resolver internamente. Se alguém tem hoje um conflito interno, é o PT", discursou.
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