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Notícias / Meio Ambiente

Ativistas presos serão levados para São Petersburgo, diz Greenpeace

G1

 A organização ambiental Greenpeace divulgou nesta sexta-feira (1º) que os 28 ativistas e dois jornalistas detidos na Rússia há mais de um mês e mantidos em Murmansk “estão sendo transferidos” para São Petersburgo, uma das maiores cidades do país. No grupo está a brasileira Ana Paula Maciel.

O escritório da organização no Brasil informou que os 30 ainda permanecem em Murmansk e que a ONG não sabe a data certa de quando deve ocorrer a transferência.

As informações obtidas pela ONG são provenientes de fontes diplomáticas. O Greenpeace divulgou também que os advogados do grupo não foram informados sobre o que causou a transferência.

No comunicado, o diretor-executivo Kumi Naidoo disse que com a mudança de local do grupo, ficará mais fácil a visita de familiares e diplomatas. No entanto, ele ressalta que “não há qualquer garantia de que as condições ali serão melhores que em Murmank”, explicou.

Desde 18 de setembro o grupo permanece preso na cidade litorânea, após a embarcação Arctic Sunrise ser detida por autoridades russas durante um protesto em uma plataforma de petróleo, instalada no Mar do Norte.

Os ativistas procedem de 19 países: Brasil, Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Dinamarca, Finlândia, Suécia e França.

Acusação de pirataria foi mantida, aponta Greenpeace
Ainda segundo a organização ambiental, a Justiça russa terminou de formalizar as novas acusações de vandalismo ao grupo e não retirou o indiciamento por pirataria, mesmo após as autoridades do país anunciarem que o grupo não responderia por esta acusação.

De acordo com o Greenpeace, por enquanto, os 30 permanecem sob as duas acusações, que podem lhes render até 15 anos de prisão – no caso de pirataria – ou até sete anos no caso da condenação por vandalismo.

“O que a Rússia está propondo é manter na cadeia 30 homens e mulheres por cerca de 20 anos, simplesmente porque dois ativistas pacíficos tentaram pendurar uma faixa amarela na lateral de uma gigante plataforma de petróleo. Essa história está virando uma farsa”, criticou Kumi Naidoo.

Nesta quinta-feira (31), a bióloga brasileira Ana Paula Maciel recebeu nesta quinta-feira (31) um comunicado oficial do governo russo com a acusação de vandalismo por sua participação nos protestos contra plataforma petrolífera no Ártico.

Imagens da prisão divulgadas
A ONG também divulgou fotos das celas onde os 28 ativistas e dois jornalistas estão, em Murmansk. As imagens mostram quartos com camas individuais ou beliches, com varal improvisado e um tanque.
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