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Notícias / Informática & Tecnologia

Taiwan estabelece empresa para consolidar fabricantes de DRAM

Terra

Taiwan estabelecerá uma nova companhia para reunir suas problemáticas fabricantes de chips de memória e trará tecnologia da japonesa Elpida e da Micron, dos Estados Unidos, para reformar um setor que está sofrendo sua pior crise de todos os tempos.
O governo de Taiwan tentou orquestrar uma reestruturação do setor nacional de dynamic random access memory (DRAM), a fim de colocá-lo em posição de longo prazo mais sólida, porque as empresas locais anunciaram pesados prejuízos nos últimos trimestre devido ao excesso de oferta.

Desde o final de dezembro, as três principais fabricantes de DRAM de Taiwan, Powerchip, Nanya Technology e ProMOS, vêm trabalhando com o governo em diversos planos de reestruturação que poderiam vê-las aliadas a parceiros estrangeiros como a Elpida e a Micron Technology.

Chamada Taiwan Memory, a nova empresa vai combinar pesquisa, produção e marketing de marca, permitindo que concorra melhor com as duas líderes mundiais, a Samsung Electronics e a Hynix Semiconductor.

Poucos detalhes foram fornecidos quanto ao muito aguardado plano de reforma anunciado na quinta-feira, mas Taipei deve levar os fabricantes locais de chips a se fundir com a nova empresa, e a fechar velhas fábricas a fim de reduzir o excesso de chips DRAM.

O Morgan Stanley informou em um relatório de fevereiro que, sob a nova holding, o governo compraria e consolidaria seis fabricantes locais de chips DRAM -Nanya Tech, Inotera Memories, Powerchip, Rexchip, ProMOS e Winbond.

"A consolidação em Taiwan, não importa que forma ela venha a tomar, terminará por ajudar a tornar o setor de DRAM mais enxuto, depois de ele ter sofrido por muito tempo de um excesso crônico de investimento", disse James Song, analista da Daewoo Securities.

"O foco na competição fará com que a tecnologia passe a ser mais privilegiada que a capacidade de produção, no futuro", acrescentou.

Taiwan está negociando com a Elpida e a Micron, e espera concluir as negociações e tomar uma decisão dentro de três meses sobre que tecnologia a nova empresa vai utilizar, como parte de seus planos para lançar a nova companhia dentro de um semestre.

(Reportagem adicional de Argin Chang em Taipé, Rhee So-eui em Seul, Sachi Izumi em Tóquio e Alexei Oreskovic em San Francisco)

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