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Mãe e padrasto de menino que sumiu se contradizem, diz delegado em SP

EPTV

 Ainda existem contradições nos depoimentos da mãe e do padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desaparecido desde a madrugada de terça-feira (5), em Ribeirão Preto (SP). A afirmação é do delegado Paulo Henrique Martins de Castro, que pediu a prisão temporária do casal. Natália Mingone Ponte e Guilherme Raimo Longo permanecem na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) na tarde desta quarta-feira (6) para prestarem novos esclarecimentos. Procurado, o advogado que representa Longo, Celso Corrêa de Moura, não comentou o assunto. Segundo a família de Natália, ainda não há um advogado instituído para cuidar do caso.

“Existem algumas perguntas a serem esclarecidas e isso a gente espera terminar no decorrer do dia”, disse Castro, destacando que também não descarta a possibilidade de a casa da família ter sido invadida e o garoto sequestrado. “Não descarto possibilidade nenhuma, nem de que ele tenha saído sozinho, nem de que um terceiro tenha entrado na residência. A gente trabalha com todas as possibilidades.”
Joaquim desapareceu de dentro da casa onde mora, no bairro Jardim Independência, na madrugada de terça-feira (5). A mãe, a psicóloga Natália Mingone Ponte, foi quem notou a ausência do garoto ao procurá-lo no quarto, por volta de 7h, para aplicar uma dose de insulina – o menino tem diabetes.

A perícia científica foi até o local verificar possíveis vestígios de crime, mas nada foi encontrado. As janelas da casa têm grades e, segundo depoimento da mãe, o portão estava trancado durante a manhã, mas a porta da sala estava aberta.
Após acionados, a PM e o Corpo de Bombeiros fizeram buscas no bairro onde a família mora e em um córrego próximo, mas não encontraram o menino. Os trabalhos foram suspensos no início da noite.
Sem passar detalhes das investigações, Castro disse que acompanhou as buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros na manhã desta quarta-feira, em um bueiro próximo à casa da família. Uma denúncia anônima afirmava que algo havia sido jogado no local durante a madrugada, mas nenhuma pista foi encontrada.
“Nós estamos recorrendo a todos os meios disponíveis que nós temos: imagens [de câmeras de segurança], perícias, oitivas de pessoas próximas ao local, estamos tentando esgotar todas as possibilidades que existem”, disse o delegado.

Família
Na tarde de terça-feira, a mãe do menino disse que, antes de desaparecer, Joaquim vestia uma calça de pijama estampada e camiseta branca. Natália confirmou também que o atual marido é usuário de drogas e que teria sido ele o último a ter contato com o garoto, ao colocá-lo para dormir, por volta de meia-noite.
“O Joaquim ama ele (sic) de paixão e o Guilherme também. Se aconteceu alguma coisa, eu não sei”, disse a mãe durante as buscas. Na manhã desta quarta-feira, antes de prestar depoimento na DIG de Ribeirão, Natália voltou a afirmar que estava dormindo quando o menino desapareceu e que não tem envolvimento com o caso.
“Eu acredito que nós vamos encontrar ele. Pelo amor de Deus, se alguém souber de alguma coisa, qualquer coisa que seja, liga para a polícia, sem se identificar, qualquer coisa, mas ajude a gente a esclarecer isso.”
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