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Homossexuais denunciam fraternidade por incitação ao ódio sexual

G1

Várias associações de homossexuais e lésbicas alemães denunciaram à ultraconservadora Fraternidade Sacerdotal São Pio X, fundada por Marcel Lefevbre, perante a justiça deste país por incitação ao ódio sexual e ofensas contra uma minoria social.

Um porta-voz da organização do desfile de Christopher Street Day (CSD) em Stuttgart anunciou ter interposto um processo contra a fraternidade por um apelo "carregado de ódio" que figura em seu mais recente Diário Oficial.

Sob o título "O ocaso do Ocidente", a Fraternidade Sacerdotal São Pio X faz um apelo ao protesto contra a marcha do CSD em Stuttgart no próximo dia 1º de agosto, que qualifica de "perversa".

A ultraconservadora irmandade, cujos bispos foram reabilitados pelo papa Bento XVI em uma decisão que levantou uma forte polêmica, afirma que o desfile dos homossexuais e lésbicas em Stuttgart não é mais do que "uma marcha de propaganda para o pecado sodomita".

A fraternidade faz inclusive uma comparação com o nazismo, ao assinalar que "os orgulhosos" estão "lendo nos livros de história que durante o Terceiro Reich houve católicos valentes", que disseram que não participariam "daquela loucura", e apela aos católicos atuais para enfrentar os homossexuais e lésbicas.

Em defesa destes últimos saiu também a Conferência Episcopal da Igreja Católica na Alemanha, que criticou com dureza a comparação de nazistas e homossexuais feita pela fraternidade.

"Essa comparação da Fraternidade Sacerdotal São Pio X é irresponsável", disse hoje à imprensa Matthias Kopp, porta-voz da Conferência Episcopal alemã.
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