Imprimir

Notícias / Ciência & Saúde

Irmãs americanas acusam vacina contra HPV de afetar ovários

AP

 Duas irmãs do estado do Wisconsin, nos Estados Unidos, registraram uma queixa federal, dizendo que acreditam que uma vacina contra HPV fez com que seus ovários parassem de produzir óvulos.

Madelyne Meylor, de 20 anos, e Olivia Meylor, de 19, da cidade de Mount Horeb, alegam que o problema surgiu a partir do momento em que tomaram a vacina Gardasil, contra o papilomavírus humano (HPV), de acordo com o jornal “Wisconsin State Journal”. O vírus pode provocar câncer do colo do útero.
O advogado das irmãs, Mark Krueger, disse ao jornal que esta é a primeira queixa desse tipo a conseguir uma audiência no Programa Nacional de Compensação por Danos Provocados por Vacinas, um tribunal especial estabelecido para avaliar queixas de problemas provocados por vacinas.

Em uma declaração, a fabricante da vacina, Merck e Co., disse que evidências não demonstram uma relação entre a condição das irmãs e a vacina. Os Centros para Controle de Doenças e a agência americana que regulamenta alimentos e medicamentos, a Food and Drug Administration (FDA) dizem que a vacina é segura e pode ajudar a prevenir muitos dos 18 mil casos de câncer em mulheres e 8 mil casos de câncer em homens provocados pelo HPV a cada ano.
Os Estados Unidos recomendam três doses da vacina contra HPV, um vírus sexualmente transmissível, para meninas e meninos entre 11 e 12 anos para proteger de câncer do colo do útero, câncer de garganta, verrugas genitais e outras condições. Duas marcas estão disponíveis: Gardasil, aprovada em 2006, e Cervarix, aprovada em 2009.
Programa de danos por vacinas
O programa de danos por vacinas já concedeu compensações financeiras para 68 casos de danos provocados por vacinas contra HPV. O valor dos pagamentos chega a US$ 5,9 milhões, de acordo com o governo federal. O programa descartou 63 queixas e outras 81 estão pendentes.
As irmãs Meylor disseram ao jornal que elas acreditam que as vacinas de Gardasil fizeram com que seus ovários parassem de produzir óvulos. Elas também têm menopausa prematura, caracterizada por insônia, suores noturnos e dores de cabeça, além do fato de que quase certamente não poderão engravidar, segundo elas.
“Eu sempre quis uma família grande, mas eu não sei se isso será possível”, disse Madelyne. Testes para possíveis causas genéticas para a condição deram negativos para as duas, de acordo com o jornal. Elas estão tomando pílulas anticoncepcionais e usando adesivos para terapia de reposição hormonal.
Imprimir