Imprimir

Notícias / Esportes

Paes rebate críticas a Rio 2016: "vamos deixar Barcelona no chinelo"

Terra

 A quase mil dias dos Jogos Olímpicos de 2016, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes imprimiu um tom bastante otimista ao comentar a preparação da cidade para o evento, e garantiu que tudo será entregue no prazo pré-determinado. Segundo Paes, os "urubus de plantão" torcem contra para que a Olimpíada de 2016 não seja bem-sucedida. Ele garantiu que essas pessoas vão se frustrar.

"Os que torcem contra vão dar com a cara na porta, vão se ferrar. Vamos deixar Barcelona no chinelo", afirmou, ao mencionar a cidade espanhola que realizou os Jogos Olímpicos de 1992, que para muitos, fez a maior transformação em uma cidade que sediou a competição. Amanhã, o Rio de Janeiro entra na contagem regressiva de mil dias para a Olimpíada de 2016.

Paes admitiu que existem problemas na execução de obras relativas aos Jogos Olímpicos, mas frisou que esses percalços são normais, e serão resolvidos dentro dos prazos. Na avaliação do prefeito, ser sede da Olimpíada permitiu que o Rio acelerasse a execução de projetos de infraestrutura, que segundo ele, levariam 30 anos para serem tirados do papel, e com os Jogos, ficarão prontos em cinco anos.

"Vamos sofrer até o último dia da Olimpíada. Mas vai ficar o legado depois. Estamos entregando no prazo. Tem problemas, é difícil, mas estamos tocando a vida", observou. Paes esteve nas obras do local onde está sendo construído o Parque Olímpico, na área onde ficava o autódromo de Jacarepaguá. Ao lado do governador Sérgio Cabral, do ministro interino do Esporte, Luiz Fernandez, e do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, ele observou o trabalho dos operários diretamente do chamado Mirante Olímpico, uma sala de onde se vê todo o terreno. As obras ainda estão em estágio inicial de execução.

O Complexo de Deodoro, onde serão realizadas provas de hipismo e tiro, entre outros esportes, é o projeto mais atrasado para 2016, admitiu Paes. Ele, no entanto, minimizou isso, e garantiu que as obras serão licitadas até o início de 2014. Para o prefeito, é possível retomar o tempo perdido.

"Deodoro tem uma vantagem, já que é um projeto muito simples. São equipamentos pequenos, de no máximo 5 mil lugares. Isso vai permitir recuperar um pouco o tempo perdido. Até o início do ano que vem, devemos licitar as obras lá. Elas terão no máximo um ano e meio de duração", comentou.

Complexo de Deodoro, onde serão realizadas provas de hipismo e tiro, entre outros esportes, é o projeto mais atrasado para 2016, admitiu Paes Foto: J.P.Engelbrecht / Divulgação
Complexo de Deodoro, onde serão realizadas provas de hipismo e tiro, entre outros esportes, é o projeto mais atrasado para 2016, admitiu Paes

Sobre o Engenhão, que será sede das competições de atletismo, e segue fechado por problemas na estrutura da cobertura, o prefeito informou que deseja antecipar a entrega das obras do estádio, prevista para o final do ano que vem. Paes, porém, não quis fazer uma nova projeção. A ampliação do estádio, com a colocação de arquibancadas móveis atrás dos gols, só será feita em 2016.

Com isso, a capacidade do Engenhão vai subir de 45 mil para 60 mil lugares. Depois da Olimpíada, os lugares móveis serão retirados. "O prazo continua o mesmo, para o final do ano que vem. Estamos trabalhando para antecipar. Luto todo dia para encurtar o máximo possível", declarou.
Imprimir