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Motorista e estudante serão julgados por queda de ônibus na Av. Brasil, Rio

G1

  O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro começa a julgar, nesta segunda-feira (18), o motorista e um passageiro do ônibus da linha 328 (Castelo-Bananal), que despencou de um viaduto na Avenida Brasil, em abril de 2013, deixando nove mortos e sete feridos. A investigação concluiu que o acidente foi provocado pela briga entre os dois dentro do coletivo.

O motorista André Luiz da Silva foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de atentado contra a segurança do transporte viário. Já o passageiro Rodrigo dos Santos Freire responde pelos crimes de lesão corporal qualificada – seis graves e uma gravíssima – e nove crimes de lesão seguida de morte.

O ônibus caiu do Viaduto Brigadeiro Trompowski na pista lateral da Avenida Brasil, na altura da Ilha do Governador, Subúrbio do Rio. Rodrigo, que é estudante de engenharia da UFRJ e morador da Cacuia, na Ilha, teria dado um chute no rosto e causado desmaio do motorista, após bate-boca iniciado porque o passageiro não conseguiu descer no ponto que desejava, estando atrasado para a aula.

Ao todo, 21 testemunhas vão participar da audiência, entre passageiros que teriam visto a briga entre o motorista e o estudante antes do acidente, sobreviventes e parentes das vítimas que morreram.

Duas testemunhas, o técnico de informática Nelson Martins e o cozinheiro identificado apenas como Marcelo, reconheceram, no Hospital Miguel Couto, na ocasião, Rodrigo como o agressor de André. Os dois sobreviventes desceram do ônibus momentos antes da queda, quando a discussão já havia começado.

Briga antes da queda
A cabeleireira Conceição Rodrigues Santana, mãe de Amanda Santana Silva, de 19 anos, estudante de farmácia da UFRJ, contou, na época, ter ouvido da filha que um passageiro teria chutado o rosto do motorista.

A agressão, de acordo com a jovem, ocorreu durante uma discussão e fez com que o motorista perdesse a direção. Outras testemunhas já haviam relatado a briga.

Amanda disse à mãe que um estudante fez sinal para que o motorista parasse em um determinado ponto. Como ele não parou, o jovem teria pulado a catraca e iniciado uma discussão com o condutor. A jovem estava na frente do ônibus e não conhecia o estudante que iniciou a briga.

A garota também contou para a mãe que as pessoas gritaram muito na hora da queda, mas quando o ônibus caiu houve silêncio.

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