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Rui Falcão visita petistas na Papuda e reclama da situação de Genoino

G1

 O presidente do PT, Rui Falcão, visitou nesta terça-feira (19) José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares na Penitenciária da Papuda, nos arredores de Brasília e manifestou queixas acerca do tratamento dado aos companheiros de partido presos. Falcão disse que, mesmo após a transferência para o regime semiaberto, os petistas ainda não têm acesso à biblioteca, não recebiam jornais nem tinham acesso à internet, além de outras "restrições".

Ele disse ainda que Delúbio e Dirceu ainda aguardam certidões de trabalho, para poder sair da prisão para trabalhar durante o dia e voltar à noite.

Ele também reclamou da permanência de Genoino no local, reivindicando que lhe seja dada a prisão domiciliar, por conta de problemas de saúde. O ex-presidente do PT passou recentemente por cirurgia cardíaca e tem crises de hipertensão, e precisa de medicação controlada e dieta específica.
Ele [Genoino] está um pouco ofegante e esperamos que essa decisão para sua casa seja feita o mais rápido possível"
Rui Falcão,
presidente do PT
"A nossa expectativa pelo estado de saúde do Genoino é que ele tenha direito à prisão domiciliar. Aliás, ele nem deveria ter sido removido de onde estava e viajado de avião, tendo risco à própria vida. Ele está um pouco ofegante e esperamos que essa decisão para sua casa seja feita o mais rápido possível", afirmou Falcão.

Ele confirmou que Genoino se submeteu mais cedo a exame por parte de uma junta médica para avaliar suas condições de permanecer ou não na cadeia.

Questionado sobre a ajuda que o PT prestaria para ajudar Genoino a pagar a multa da condenação, calculada em R$ 468 mil (sem correção), Falcão disse que o partido não pode arcar com a dívida.
"O PT não pode usar recursos partidários para isso, mas imagino que será criado esponteneamente uma rede de solidariedade. Todos sabem que o Genoino não tem a menor condição de pagar essa multa e acredito que os outros companheiros também não", disse.
Falcão foi à Papuda acompanhado dos deputados Renato Simões (PT-SP), Zeca Dirceu (PT-PR) e Érika Kokay (PT-DF).
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