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Vice da Câmara vê 'decisões absurdas' em prisões do mensalão

G1

 O vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR) afirmou nesta terça-feira (13) que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, "não está se pautando pela legalidade" em relação às prisões dos condenados no processo do mensalão.
Desde sábado (16), 11 condenados no julgamento do mensalão estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, entre eles o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o deputado federal licenciado José Genoino (PT-SP). Dos 11, cinco cumprem pena em regime semiaberto (José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Romeu Queiroz e Jacinto Lamas) e os outros seis (Marcos Valério, Ramon Hollerbach, José Roberto Salgado, Cristiano Paz, Kátia Rabello e Simone Vasconcelos) em regime fechado.

"Joaquim Barbosa não está se pautando pela legalidade. Infelizmente, o Supremo não tem analisado este caso com a calma e tranquilidade necessárias", disse Vargas. Para o parlamentar, o Supremo tem tomado "decisões absurdas" nos últimos anos, "demonstrando que a lei tem pouca validade no Brasil".
Para ele, Barbosa só poderia ter dado as ordens de prisão depois que todos os recursos dos réus tivessem sido analisados pela Corte.O presidente do STF expediu mandado de prisão para que 12 condenados – Henrique Pizzolato fugiu para a Itália a fim de evitar a prisão – começassem a cumprir as penas de crimes para os quais não há mais possibilidade de recurso.
"Entendo que o julgamento foi político, marcado por um midiatismo exacerbado, com prisões no Dia da Proclamação da República de réus que ainda têm recursos pendentes de análise", disse o vice-presidente da Câmara.
André Vargas afirmou esperar que a "legalidade seja restabelecida pelo plenário do Supremo".
O petista também defendeu que José Genoino cumpra a pena em prisão domiciliar. Genoino fez uma cirurgia de coração em julho e passou mal algumas vezes desde que embarcou de São Paulo em avião da Polícia Federal, na última sexta (15), para cumprir a pena em Brasília.
"Ele precisa fazer testes sistemáticos de coagulação do sangue. No caso do Genoino a prisão domiciliar é o mais adequado", disse André Vargas.
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