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Para Brasil e Argentina presença militar no Haiti não deve "se perpetuar"

EFE

 Os ministros da Defesa, Celso Amorim, e da Argentina, Agustín Rossi afirmaram nesta quinta-feira que a presença de militares estrangeiros no Haiti "não deve se perpetuar ", embora também não "se possa abandonar" essa nação.

"Temos um olhar comum sobre o Haiti", disse Rossi a jornalistas junto de Amorim, durante visita ao chanceler em Brasília.

Os ministros não deram detalhes sobre a conversa relacionada ao Haiti, mas fontes oficiais brasileiras explicaram que Amorim e Rossi consideraram que deve haver uma "visão regional" e que o assunto deve ser debatido no Conselho de Defesa da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

O Brasil lidera a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), que conta com a participação de 20 países.

Algumas nações sul-americanas, como o Uruguai, analisam a possibilidade de deixar a missão. O país já deu um passo nesse sentido ao ter esta semana contatos preliminares com a ONU, que apontam para uma retirada de suas tropas diante do que o chanceler uruguaio, Luis Almagro, qualificou de "grave deterioração" da democracia no país antilhano.

Segundo disseram fontes oficiais que participaram da reunião entre Amorim e Rossi, o assunto "possivelmente" será discutido "nos primeiros meses do próximo ano" no próximo encontro da Unasul.
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