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Reconstituição do caso Joaquim será feita na tarde desta sexta-feira

EPTV

 O delegado Paulo Henrique Martins de Castro afirmou no início desta tarde que a reconstituição da morte do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, será feita nesta sexta-feira (22) em Ribeirão Preto (SP). O trabalho da Polícia Civil deve ter início às 14h.
A mãe de Joaquim, Natália Ponte, e o padrasto dele, Guilhermo Longo, que estão presos por suspeita de envolvimento no caso, chegaram na manhã desta sexta-feira à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto, onde prestaram novos depoimentos.
Segundo Castro, a participação de Natália foi descartada, mas Longo vai acompanhar a reconstituição. O delegado disse que a psicóloga foi trazida a Ribeirão Preto apenas para prestar um novo depoimento. “Ela prestou alguns esclarecimentos que achávamos necessário, acrescentou alguns detalhes novos que precisávamos confirmar e já será reconduzida à cadeia de Franca. Não acho de grande necessidade ela participar da reconstituição neste momento”, afirma.

Já Guilherme Longo permanece na DIG, onde deve prestar depoimento no início da tarde. Segundo o delegado, o padrasto de Joaquim deve ser levado à casa no Jardim Independência para participar da reconstituição. “Queremos somente esclarecer alguns detalhes com ele para não deixarmos dúvidas pendentes. Já a reconstituição vai nos trazer mais provas para que nada seja deixado para trás nas investigações”, explica.

Reconstituição
A reconstituição do crime dependia, segundo o delegado, do reforço na segurança e da interdição da área onde fica a casa da família de Joaquim, e de onde ele desapareceu na madrugada de 5 de novembro. O esquema foi acertado na quinta-feira (21) em uma reunião entre o comando da Polícia Militar e o delegado responsável pelo caso.
Desde que o corpo do menino foi encontrado no dia 10 de novembro, o local virou ponto de manifestações de populares, que deixam homenagens ao menino e cartazes com pedidos de justiça.
Durante a reconstituição, a polícia vai refazer os passos do padrasto já que, em depoimento, Longo afirmou que saiu da casa para comprar drogas na madrugada do sumiço, não teria encontrado o que procurava e retornado cerca de 40 minutos depois. Ele teria trancado o portão, mas apenas encostado a porta para não acordar a mulher.
A polícia também quer saber se, do quarto onde Natália dormia, nos fundos do imóvel, era possível ouvir barulho do menino sendo retirado do outro quarto. Outro momento a ser reconstituído é aquele em que a mãe e o padrasto descobrem que o garoto não estava mais dentro de casa. Em depoimento, Longo afirmou que o casal notou a ausência de Joaquim por volta de 7h30, quando foram aplicar insulina no menino, que sofria de diabetes.
Investigação
A polícia suspeita que Joaquim, que era diabético, tenha recebido uma alta dosagem de insulina, que teria o levado à morte. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), não é possível determinar a causa da morte da criança. As únicas lesões encontradas no corpo do menino foram na pele, em razão dos dias em que foi arrastado pelo rio. De acordo com o laudo, não foi encontrada água nos pulmões de Joaquim, o que indica que não houve afogamento.
O delegado aguarda o resultado dos testes toxicológicos feitos nos órgãos da criança e que deve ficar pronto nos próximos dias. Para especialistas, a morte causada por excesso de insulina pode não ser detectada nos exames, já que o hormônio é rapidamente processado pelo organismo.
Segundo a polícia, nos depoimentos prestados até agora o casal apresenta várias contradições.
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