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‘Não precisava tirar a vida dele’, diz esposa de taxista assassinado na PB

TV Cabo Branco/TV Paraíba

 A esposa do taxista de 45 anos que foi morto na manhã deixa quarta-feira (27) disse que os moradores da região têm medo do vizinho, suspeito de cometer o crime. O homicídio aconteceu depois de uma discussão sobre a reforma em um muro conjugado entre as duas casas, no bairro Valentina Figueiredo em João Pessoa.

“Meu marido queria fazer uma garagem e meu o vizinho não quis deixar, ele acha que é o dono da rua, ele se acha dono de tudo, as pessoas morrem de medo dele”, disse a esposa do taxista, Tacísia Brandão, sobre o suspeito, um sargento reformado do exército, de 71 anos.
“Eu chamei o fiscal da prefeitura e ele discutiu com o fiscal. O fiscal ficou com medo dele, pediu para ir na delegacia para pedir acompanhamento para poder dar a notificação dele. Até o fiscal ficou com medo. A mulher dele ligou para mim com medo. Eu fui na delegacia, eu disse que tinha acontecido isso. Faltou [proteção] porque o delegado poderia ter vindo e talvez teria evitado porque ele [o vizinho] é uma pessoa que já foi processada. Com outro processo, talvez, ele estivesse preso e não tirasse a vida do meu marido. Talvez o meu marido estivesse agora trabalhando. Não precisava tirar a vida do meu marido”, disse Tarcísia, às lágrimas.

“Tem uma escolinha por aqui que uma vez jogaram uma pedra. A dona da escola foi lá, pagou o conserto, ainda disse ‘graças a Deus que não foi na casa dele, senão ele ia lá e dava uns tiros como ele sempre ameaça’. Ou seja, ele impõe medo a todos. Como a gente não tinha muito convívio com ele, pra mim, tanto fazia”, relatou Tacísia.
De acordo com a Polícia Miliar, o suspeito de matar o vizinho tem porte de arma. Ainda segundo depoimentos colhidos pela polícia no local do crime, as discussões entre a vítima e o suspeito se tornaram recorrentes depois que o taxista decidiu subir o muro que separava a sua residência da que pertence ao militar. Diante das brigas constantes, o taxista chegou a prestar queixa na polícia, afirmando que sofria ameaças de morte do vizinho militar, segundo a PM. Após os disparos desta quarta, o sargento aposentado não foi encontrado no local.

O pedreiro que ajudava o taxista na reforma disse que ficou impressionado com o crime. “Jamais a gente esperava isso. De repente, eu tirando a mercadoria do carro, ouvi os tiroteios. Eu fiquei em choque, porque dois vizinhos, ninguém espera isso”, comentou Francisco Juvitor.
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