Título é o que não falta no currículo de Jorginho como jogador. Seja por clubes ou pela Seleção. Bem diferente da história da Ponte Preta. Em 113 anos, o clube ainda persegue a sua primeira conquista de expressão. Mas, quando o assunto é a carreira de treinador, também falta ao tetracampeão um empurrão. Diante da importância para ambas as partes, a chance de ser campeão pela Macaca é capaz de empolgar o técnico a tal ponto de comparar a Sul-Americana a uma Copa do Mundo.
- A gente precisa demais deste título. Não é uma questão de justiça, mas seria uma história fantástica para nós brasileiros, principalmente para a cidade de Campinas e especialmente para a Ponte Preta. Para mim, não é diferente. O peso é muito grande. Digo que seria minha segunda Copa do Mundo. Estou perto de ser bicampeão mundial – disse Jorginho, tetracampeão com a Seleção em 1994, nos EUA.
Faltam dois jogos para levar a Ponte ao lugar mais alto do pódio. Em sua primeira participação em um torneio continental, a Macaca garantiu a vaga para a decisão ao passar pelo São Paulo com uma vitória por 3 a 1 no Morumbi e um empate por 1 a 1 em Mogi Mirim, na noite da última quarta-feira. A participação inédita também teve classificações sobre Criciúma, Deportivo Pasto, da Colômbia, e Vélez Sarsfield, da Argentina.
O último obstáculo entre a Ponte e o troféu será Lanús, da Argentina, ou Libertad, do Paraguai. A definição sai na noite desta quinta. Depois de fazer 2 a 1 em Assunção, o Lanús carrega uma boa vantagem para a partida de volta, em casa. Independentemente do adversário, Jorginho considera a Macaca pronta para alcançar, enfim, o primeiro título.
- Para mim é muito especial fazer parte dessa história. Cheguei faz pouco tempo e já tenho uma oportunidade de ouro pela frente. Se a gente conquistar, será incrível, com todo o respeito às demais equipes da competição – disse o comandante alvinegro.