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Arsenal tem que ter ambição por conquistas, diz proprietário

Reuters

 A decisão do Arsenal de comprar o passe de Mesut Ozil e o desempenho que levou o time à liderança do Campeonato Inglês são prova de que o clube está mostrando ambição, e pode ser o catalisador de mais troféus, disse o co-proprietário Alisher Usmanov.

O russo Usmanov, que só detém 30 por cento do time londrino, já questionou anteriormente a ambição do Arsenal, e há relatos de que tenha tido atritos com o sócio majoritário, Stan Kroenke, sobre o investimento frugal do clube.

O Arsenal não conquistou nenhum grande título desde seu triunfo na Copa da Inglaterra de 2005, e se por um lado tem sido presença constante nas vagas da liga inglesa para a Liga dos Campeões, por outro não tem sido um candidato viável ao troféu desde aquele mesmo ano.

"No passado, disse ao clube que, se querem ser o número um em todo torneio, então precisam ter os melhors jogadores do mundo, e se não os temos em nossa equipe, precisamos comprá-los no mercado", afirmou Usmanov à rede BBC. "Wenger confirmou isso comprando, por exemplo, Ozil".

O bilionário uzbeque investiu supostos 200 milhões de libras (cerca de 600 millhões de reais), aumentando sua participação acionário no Arsenal, e declarou que gostaria de assumir o controle do time caso Kroenke decida vender sua parte.

Vários outros clubes da primeira divisão inglesa são de propriedade de estrangeiros, e Usmanov disse não ver nada de errado nisso.

"Tenho certeza de que é bom (para o futebol inglês)", acrescentou. "Quando investidores chegam e investem na economia, no futebol britânico, é uma grande parte da economia do entretenimento no Reino Unido. O que há de ruim nisso?"

Greg Dyke, presidente da Associação Inglesa de Futebol, disse em setembro estar preocupado com o número de jogadores ingleses que não têm atuado regularmente nos clubes, o que prejudica a seleção.

Usmanov, entretanto, disse que o problema não é endêmico na Inglaterra, já que várias ligas de alto nível na Europa são dominadas por jogadores estrangeiros.

"Temos que encontrar o equilíbro entre jogadores internacionais e locais. Todo país tem esse problema, inclusive a Rússia", afirmou.

"Acho que todos têm que pensar em seu próprio sucesso. Seleção é pra federações nacionais. Clubes para o Campeonato Inglês. Cada um tem seus interesses".
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