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Notícias / Educação

Falta de saneamento básico em escolas públicas afasta alunos no Nordeste

R7

 A maior parte das escolas do nordeste sofre com a falta de saneamento básico. A falta de esgoto via rede pública, por exemplo, afeta 86% das escolas municipais, 59% das estaduais e 50% das federais. Os dados são do QEdu, plataforma de informações educacionais do País que se baseia em dados do Censo Escolar feito pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Segundo a coordenadora nacional da área de educação do Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância), Maria de Salete Silva, a falta de serviços básicos afasta crianças e jovens da escola.

— Muitas meninas deixam a escola quando têm a menarca [primeira menstruação], por exemplo, por não terem condições adequadas para cuidar de sua higiene íntima.

A estudante Joyce Veras conta que no ensino fundamental e médio sofreu com a estrutura precária da Escola Municipal Maria Neully Dourado e Escola Estadual Alcides Bezerra, cidade de Cabaceiras, no Estado da Paraíba. Joyce afirma que, apesar dos espaços terem alguma estrutura como banheiros, eles não foram bem feitos, “o que deixava um mal cheiro terrível em todas as salas”.

— Na primeira [escola], eu estudava o fundamental I, e a hora do recreio era bastante desconfortável, pois tínhamos que nos alimentar naquele ambiente que possuía um cheiro um tanto quanto desagradável, mas ou era aquilo ou nada. Já na segunda, estava no ensino médio e estudar com aquele cheiro não colaborava nem um pouco para a nossa concentração. Na minha visão, além de prejudicar o nosso aprendizado, prejudica também a motivação dos alunos para irem à escola e estudar.
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