Imprimir

Notícias / Universo Jurídico

Sertanejo vai acompanhar júri sobre morte da mãe: 'Perdi uma amiga'

G1

  O cantor sertanejo Geovanny Bernardes de Sousa, mais conhecido como "Adriano", da dupla André & Adriano, estará em Goiânia nesta terça-feira (10) para acompanhar o júri popular de Antônio Mário Silva Bastos, acusado de matar a mãe dele, a aposentada Eva Bernardes de Sousa, de 66 anos.

Em entrevista ao G1, o cantor disse que acredita na condenação do homem. “Ser espancada até a morte por alguém que você confia é muito cruel. Tenho fé de que a justiça será feita, pois minha vida ficou vazia sem ela. Perdi uma amiga”, afirmou Adriano, que ficou conhecido por compor e lançar, em 1999, a música "A jiripoca vai piá". A canção foi regravada por vários artistas do país, entre eles o cantor Daniel.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), o julgamento será realizado a partir das 8h30 desta terça, no 1º Tribunal do Júri, e será presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara.

Eva foi morta no dia 16 de fevereiro, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. Segundo a investigação policial, ela foi espancada por Bastos dentro de casa e não resistiu aos ferimentos. Um documento do acusado foi localizado pela polícia ao lado do corpo da vítima.

Na época do crime, vizinhos contaram que ouviram um som muito alto vindo de dentro da casa durante a madrugada. Para a polícia, o barulho pode ter sido proposital, para evitar que qualquer pedido de socorro da mulher fosse ouvido.

Após ficar foragido, Bastos foi preso pela Polícia Militar em Uberaba (MG), no dia 1º de março. Depois, foi transferido para Goiânia, onde aguarda o julgamento. “Acho que 15 anos de prisão serão pouco para ele. Alguém com tanta maldade tem que pagar pelo crime que cometeu. Confio na decisão do júri”, disse o cantor.

Segundo Adriano, a mãe dele manteve um relacionamento amoroso com o acusado por cerca de três meses antes do crime. “Nem cheguei a conhecê-lo, pois estava viajando muito para compromissos profissionais. Falei com ele umas duas vezes e, de cara, já percebi que não era alguém muito correto. Infelizmente, não tive tempo de intervir nesse namoro e salvar minha mãe. Minha dor é insuperável”, lamentou.
Imprimir