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João Emanuel deixa dívida de mais de R$ 8 milhões e Júlio promete priorizar salários

Da Redação - Priscilla Silva

O presidente da Câmara de Cuiabá, Julio Pinheiro (PTB), apresentou na manhã desta terça-feira o valor da dívida deixada por João Emanuel (PSD). Em menos de um ano de gestão, ele acumulou um déficit de mais de R$ 8 milhões. A planilha com o cálculo foi apresentada na primeira sessão do Legislativo na gestão de Pinheiro. De acordo com o petebista, o montante da dívida foi estimado com base nos balancetes apresentados pela Secretaria de Recursos Humanos.

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O relatório inclui as despesas trabalhistas que deverão ser quitadas até o dia 31 deste mês. Segundo Júlio Pinheiro, a Câmara deve cerca de R$ 600 mil em rescisões trabalhistas; mais de R$ 2,8 milhões em despesas liquidadas e não pagas; aproximadamente R$ 1,3 milhão com a folha de pagamento deste mês de dezembro; cerca de R$ 950 mil em 13º salário; R$ 585 mil para o CuiabáPrev sobre folha de pagamento; e R$ 1,8 milhão em INSS Patronal sobre folha de pagamento. A soma de todos os valores contabiliza o montante de R$ 8.113.029,86.

O Legislativo precisa lidar com um grave problema, pois possui apenas R$ 2,7 milhões em caixa, já contando com o duodécimo a ser recebido, e não dispõem de mais recursos para quitar a dívida. Por outro lado, o presidente antecipou que dará prioridade para os funcionários da casa, deixando para segundo plano os fornecedores. Dessa forma, na tentativa de honrar com a dívida, Júlio suspendeu o pagamento para os fornecedores nos próximos 90 dias.

A situação gerou insegurança entre os servidores que trabalham na casa. “Mesmo com o duodécimo que ainda temos que receber, [entorno de R$ 2 milhões] não dá para cobrir essa folha e nós temos obrigações patronais a cumprir”, declarou.

Pinheiro também declarou que na falta de orçamento a Casa deverá ficar inviabilizada financeiramente. “Nosso orçamento está devedor. E para pagar qualquer despesa, é preciso ter orçamento. Assim, consultarei o Tribunal de Contas de MT. Se não temos orçamento, a lei nos proíbe de pagar. Meu propósito é equacionar isso. Na minha gestão, pagarei tudo que for baseado na lei”, ressaltou.
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