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Notícias / Ciência & Saúde

Fabricante de silicone adulterado é condenado à prisão na França

G1

 O fundador de uma empresa de próteses de silicone para os seios na França foi condenado nesta terça-feira (10) a quatro anos de prisão por uma corte de Marselha acusado de ter escondido a verdadeira natureza do silicone, que era baixa qualidade.

O implante foi vendido para ser colocado em 300 mil mulheres ao redor do mundo.
A sentença contra Jean-Claude Mas, de 74 anos, fundador e diretor por um longo período da Poly Implante Prothese (PIP), é o desfecho de um escândalo que causou pânico ao redor do mundo em 2011. Na época, a França recomendou que mulheres com tais implantes o removessem devido ao risco de ruptura.

Em janeiro de 2012, Jean-Claude Mas admitiu que produziu um gel de silicone adulterado, derivado de uma fórmula própria, sem homologação do órgão certificador.
"Sabia que esse gel não tinha sido aprovado, mas o usei mesmo assim porque o gel PIP era mais barato e de uma qualidade muito melhor", disse Mas, em depoimento prestado na época.
Mas disse que passou a usar uma fórmula própria de gel em lugar de silicone médico a partir de 1993, dois anos depois da criação da empresa PIP. No entanto ele destacou que suas próteses, suspeitas de provocar câncer, não representam "nenhum risco para a saúde".
Ele foi alvo na França de duas investigações judiciais por "falsificação agravada" e "lesão corporal e homicídio culposos".

Brasil
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 25 mil unidades de silicone PIP foram vendidas no Brasil e houve queixas de brasileiras contra as próteses.
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