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Congresso mantém veto de Dilma a carreira específica no Mais Médicos

G1

 O Congresso manteve nesta terça (10) veto da presidente Dilma Rousseff que excluiu da lei que criou o programa Mais Médicos trecho que estabelecia a criação de "carreira médica" para profissionais formados no exterior que queiram atuar por mais de três anos no país. A decisão, que favorece o governo, se deu na primeira análise de vetos presidenciais feita com voto aberto.
O veto foi mantido pelos deputados federais por 204 votos a 113, com 2 abstenções. A votação foi realizada apenas entre os deputados porque, para deixar de valer, o veto precisa ser rejeitado pelas duas Casas. Como a maioria da Câmara - a primeira a votar - decidiu manter o veto, não foi necessário realizar a votação entre os senadores.
O programa Mais Médicos foi instituído por uma medida provisória, que sempre começam a tramitar na Câmara, por isso os deputados foram os primeiros a votar.

O trecho vetado determinava que fosse "vedado ao médico intercambista o exercício da Medicina fora das atividades do Projeto Mais Médicos para o Brasil". Previa ainda que a prorrogação da permanência programa, após a primeira etapa de três anos, seria admitida apenas para médicos que integrassem "carreira médica específica".
À época que vetou o dispositivo, Dilma foi criticada pelos parlamentares da oposição, segundo os quais a criação da carreira específica havia sido acordada com o Conselho Federal de Medicina. O PSDB disse que a presidente havia "quebrado acordo" com o Congresso.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, chegou a negar publicamente, por meio de sua conta no Twitter, quebra de acordo. "Respeito o Congresso e agradeci ao aprimoramento no #maismédicos MAS NUNCA houve qualquer acordo comigo sobre carreira p/estrangeiros", escreveu Padilha após divulgação do veto, em outubro.
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