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'Se quiserem votar, eles votam', diz Temer sobre Orçamento

G1

 Apesar do mal-estar gerado com a base aliada por causa do congelamento da liberação das emendas parlamentares, o vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quarta-feira (11) que é possível a aprovação do Orçamento de 2014 até o final deste ano pelo Congresso Nacional.
Deputados e senadores da base aliada têm condicionado a apreciação da proposta orçamentária ao pagamento das emendas individuais ao Orçamento, cujos recursos geralmente são destinados às bases eleitorais dos parlamentares.

Presidente licenciado do PMDB, a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, Temer minimizou as ameaças de líderes governistas de que o Orçamento pode vir a ser votado apenas no ano que vem. Segundo ele, em outros anos a definição sobre o Orçamento aconteceu de uma semana para outra.
“Se quiserem votar, eles [congressistas] votam”, disse Temer nesta quarta durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente.
O impasse foi motivado pelo desmembramento, na Câmara, da proposta de emenda constitucional (PEC) do chamado Orçamento Impositivo, que obriga o governo a liberar o dinheiro das emendas individuais.
O texto aprovado no Senado, em acordo com o Palácio do Planalto, previa a obrigação de pagamento dessas emendas com a condição de que metade delas fossem destinadas à saúde.
Com o desmembramento pela Câmara, a PEC ficou dividida em duas. Uma trata apenas da determinação para que o governo federal pague as emendas dos congressistas. A outra aborda o financiamento da saúde pelo Executivo federal.
Michel Temer explicou que, regimentalmente, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pode juntar novamente o texto, atendendo à demanda do governo. E é possível, segundo ele, se estabelecer um compromisso assinado por todos os líderes da Casa de que a PEC seja votada em fevereiro, criando o clima necessário para a aprovação do Orçamento.
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