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Notícias / Ciência & Saúde

Pela 1ª vez, cientistas detectam moléculas de gás nobre no espaço

G1

 Pela primeira vez, foi possível detectar a presença de um gás nobre no espaço, presente na Nebulosa Caranguejo, divulgaram nesta quinta-feira (12) astrônomos da University College London.
Ao analisar a nebulosa por meio do Observatório Espacial Herschel, os pesquisadores detectaram que a luz que sai de algumas regiões da Nebulosa do Caranguejo eram extremamente fortes e apresentavam picos “inexplicáveis”, segundo eles.
Ao consultar a base de dados sobre as conhecidas propriedades de diferentes moléculas, os cientistas descobriram que a emissão só poderia vir de íons de hidreto de argônio em rotação.
Os astrônomos dizem que a energia da estrela de nêutrons no coração da Nebulosa Caranguejo parece ter ionizado o argônio e, assim, formado o íon molecular ArH+ (hidreto de argônio).
Além de ser a primeira descoberta do tipo, ela apoia teorias científicas sobre como o argônio se forma na natureza, afirmam os autores do estudo publicado na "Science".
O Observatório Espacial Herschel, que concluiu sua missão recentemente, é um telescópio da Agência Espacial Europeia (ESA) com instrumentos desenhados para detectar sinais infravermelhos que têm comprimentos de onda que são bloqueados pela atmosfera da Terra. Objetos frios, como gases e poeira de uma nebulosa, irradiam principalmente no infravermelho, explicam os cientistas.
Segundo Mike Barlow, professor do Departamento de Física e Astronomia da UCL que liderou a pesquisa, a descoberta foi inesperada para o ambiente inóspito de uma nebulosa remanescente de supernova (corpo celeste surgido após a explosão de uma estrela).
Pela velocidade em que girava, o isótopo ("versão") de argônio encontrado na Nebulosa do Caranguejo é o argônio-36. Na Terra, o isótopo predominante é o argônio-40, emitido pelo decaimento radioativo do potássio em rochas.
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