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Doença que matou dois presos no AC é leptospirose, afirma Saúde

G1

  A Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) falou nesta sexta-fera (13) sobre o caso dos três presos de Cruzeiro do Sul que foram infectados com uma doença tida como 'desconhecida' pelos médicos. De acordo com Izanelda Magalhães, diretora do Setor de Vigilância em Saúde, os três casos se tratam de leptospirose.

Dois dos três presos não resistiram e morreram, foram eles Daniel Souza, de 24 anos e Paulo da Rocha, de 20 anos, que morreu no voo que o trazia para ser tratado em Rio Branco. Segue internado o presidiário, Keli Gomes, que está sob os cuidados de infectologistas no Hospital das Clínicas.

Segundo Izanelda, não houve dificuldades em identificar o caso e todos tiveram atendimento imediato no Hospital Regional do Juruá, onde receberam os primeiros cuidados médicos.

"Para fazer um exame de leptospirose é preciso fazer uma coleta de material e o tempo do diagnóstico só durou o período do exame para sair o resultado. Não existe dificuldade alguma. Tanto é que o atendimento foi de alta eficiência e rapidez", declara a diretora.

A leptospirose pode ser transmitida de maneira térmica por fezes e urina de rato, principalmente através de arranhões ou feridas no corpo da vítima em contato com água, alimentos ou materiais infectados.

A diretora explica ainda que o período de encubação da doença é de 7 a 30 dias mas varia de organismo para organismo, e assim, os dois presos que morreram apresentaram os sintomas tardiamente, morrendo de forma súbita.

A Secretaria ainda não tem confirmação sobre a forma que os presos contraíram a doença, mas as duas teorias levantadas por Izanelda são a da transmissão ter sido feita por alimentos levados por familiares na prisão ou no caso de Daniel e Paulo, a doença ter sido contraída durante o período em que os dois passaram foragidos escondidos na mata durante dias.

Para Izanelda, o período das chuvas piora a situação e alastra a doença, que mesmo com os casos confirmados, não pode ser considerada um surto.

"Não é um surto, porque não aconteceu nos mesmos locais, eles estavam em pavilhões distintos. Os outros presidiários que morreram, estiveram durante um tempo fora da penitenciária. Então, a gente não tem como informar se eles pegaram essa doença dentro do presídio, ou se foi naquele momento que eles estavam foragidos", analisa.
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