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Após decisão, ex-delegado-geral da Polícia Civil do Paraná deve ser solto

G1

 O ex-delegado-geral da Polícia Civil do Paraná Marcus Vinícius Michelotto deve ser solto neste sábado (14). A informação foi confirmada pelo advogado dele, Rodrigo Sánchez Rios. Segundo ele, a Justiça negou o pedido de prorrogação da prisão temporária garantido a liberdade ao ex-delegado-geral. Michelotto está detido no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), em Curitiba, desde terça-feira (10).

Michelotto foi preso durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na capital paranaense, para combater jogos ilegais. A ação cumpriu mandados de prisão contra policiais civis e militares suspeitos de envolvimento com jogos de azar em um cassino clandestino, que funcionava em uma mansão no Parolin. O local foi fechado em janeiro de 2012.

Rios afirmou que até as 10h não havia tido acesso à decisão e, por isso não iria comentar. Contudo disse que é preciso que o termo da prisão temporária chegue ao Cope para que Michelotto seja liberado. “Concluído este prazo, ele tem que sair. O prazo é hoje de todos que estão detidos”, pontuou o advogado.

Justiça negou habeas corpus
Michelloto chegou a tentar reverter a prisão temporária, porém, o desembargador Renato Naves Barcellos, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), negou o habeas corpus ao ex-delegado-geral. De acordo com o desembargador, que defendeu a legitimidade da prisão temporária, há indícios da participação de Michelotto nos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva e prevaricação.

No despacho, o desembargador afirmou que existem provas testemunhais e escutas telefônicas sinalizando que o ex-delegado-geral promovia, como forma de retaliação, remoções compulsórias atípicas dos policiais que participaram da operação na mansão em que funcionava o cassino. Ainda segundo Barcellos, há também evidências de que Michelotto sabia da prática de jogos de azar na mansão.
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