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Em congresso, PT adia para março definição de alianças estaduais

G1

 No último dia de atividades do 5º Congresso Nacional do PT, em Brasília, os integrantes do partido decidiram adiar para março de 2014 a definição das alianças para as eleições estaduais. A previsão inicial era de que a legenda formalizasse no encerramento do encontro, neste sábado (14), o documento final com as diretrizes do partido para a campanha eleitoral de 2014.

Segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a sigla irá promover um encontro no Rio de Janeiro, no início do próximo ano, para discutir táticas eleitorais, políticas de alianças e diretrizes para os programas de governo petistas.
O texto-base para discussão no congresso petista, elaborado pelo assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, e pelo deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), afirmava que “a ação do PT estará concentrada na reeleição da companheira Dilma Rousseff à Presidência da República”.

"O congresso, na sua fase de abertura, tomou conhecimento das várias propostas referentes ao assunto [alianças para 2014]. Elas [as propostas] foram remetidas para esse encontro que, especificamente, debaterá esses temas", explicou Falcão.

Líder do PT na Câmara, o deputado José Guimarães (CE) afirmou que o objetivo da sigla é disputar as eleições nos estados considerados "centrais". Em outras localidades, entretanto, a cúpula da legenda admite abrir mão de candidaturas próprias para apoiar aliados políticos, em troca de sustentação à candidatura de Dilma.

"Vamos disputar em torno de 12 estados. O PT não tem política de querer tudo. Nós queremos alianças, com base no programa para servir de âncora para 2014", disse o parlamentar do Ceará.

Potencial candidato petista a senador, Guimarães relatou ainda que, até o final de março, o PT irá definir todos os candidatos que disputarão as eleições estaduais e também os que irão concorrer ao Senado. Já as listas de concorrentes a deputado federal serão debatidas "mais para frente", observou líder petista.

Ele enfatizou que, além da candidatura ao Palácio do Planalto, outra prioridade da sigla será aumentar a bancada de senadores. "O PT está priorizando muito a questão do Senado. No Nordeste, precisamos eleger pelo menos quatro novos senadores", complementou.


Ao contrário de outros congressos, quando a proposta final era elaborada a partir das sugestões de diferentes correntes do partido, o texto do encontro de 2014 foi feito a quatro mãos por Marco Aurélio Garcia e Ricardo Berzoini a fim de promover unidade no conteúdo, segundo informou a assessoria de imprensa do PT. As possíveis alterações à proposta foram deixadas para serem incluídas por meio de emendas a serem votadas neste sábado. Ao final do evento, os delegados petistas que participaram do evento aprovaram oito moções de apoio e duas resoluções.
Entre as medidas avalizadas pelos integrantes do PT, está resolução que assegurou apoio às iniciativas e às ações de 'reparação' aos quatro filiados condenados no processo do mensalão.
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