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Mendes muda tratamento com Câmara Municipal após Júlio Pinheiro assumir e tira Cuiabá do Cadin

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

O tratamento dispensado pelo prefeito Mauro Mendes (PSB) para a Câmara de Cuiabá mudou da “água pro vinho”, nas últimas semanas, após a troca de comando no Palácio Pascoal Moreira Cabral. Desde que o vereador Júlio César Pinheiro (PTB) conquistou a presidência do Poder Legislativo, Mendes estreitou relações e firmou uma parceria que não jamais teve com o antecessor, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), que renunciou em novembro.

E uma das provas disso foi a ginástica orçamentária e financeira que o Poder Executivo realizou, nos últimos dias, a pedido de Júlio Pinheiro, para ajudar a Câmara Municipal a quitar o débito com a Previdência Social (INSS) e tirar o municipalidade do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) da União., além de honrar o 13º salário e o vencimento de dezembro dos servidores.

Desde que assumiu, Mendes nunca esteve tão presente na vida do Poder Legislativo. E, para não perder mais de R$ 15 milhões em convênios com o governo federal, Mendes determinou à Procuradoria Geral do Município que buscasse mecanismo legal para ajudar a Câmara de Cuiabá a saldar cerca de R$ 1,8 milhão em débito com a Previdência Social, como forma de trirar a municipalidade do Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) da União.

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Em pelo menos três oportunidades, o novo presidente da Câmara Municipal, vereador Júlio César Pinheiro (PTB), aliado do prefeito, já havia pedido socorro ao Palácio Alencastro para conseguir honrar o débito. “É imprescindível para a Câmara e, em especial, para a população cuiabana, o bom senso do senhor prefeito, que sempre tem de sobra, neste momento de transição pelo qual passa o Legislativo”, argumentou Pinheiro. 

Em seu  segundo mandato à frente da Mesa Diretora do Legislativo da Capital, ele "herdou" mais de R$ 8 milhões em dívidas do antecessor na presidência, vereador João Emanuel Moreira Lima (IPSD), que ocupou o cargo de presidente por menos de 11 meses e renuncioou, sob uma saraivada de denúncias.

“Temos seis convênios prontos para assinar com a Caixa Econômica Federal, inclusive emendas parlamentares para ruas e praças, mas sem condições de receber nada, porque está no Cadin”, reclamou Mendes. Pela primeira vez, ele disse claramente que irá ajudar o Poder Legislativo “se houver legalidade”, em sua cruzada para saldar a dívida previdenciária.

Balanção do primeiro ano

Mauro Mendes anunciou que, em meados de janeiro de 2014, pretende apresentar à sociedade um amplo balanço do primeiro ano de gestão.

“Primeiro é necessário que se tenha a compreensão de que a prefeitura vai muito além do que é visto. Mas hoje sabemos melhor como agir”, afiançou ele, ao citar que praticamente não inaugurou obras, por falta de tempo.

Mendes disse que, no relatório, vai constar, por exemplo, a construção de mais de 40 pontes na zona rural, 15 escolas municipais reformadas, 22 creches em construção, 80 quilômetros de recapeamento da malha viária e 22 quilômetros de asfalto novo.

“Os números não mentem e, podem ter certeza, nisso vou ser criterioso na apresentação do relatório de realizações”, emendou Mauro Mendes.
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