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Falta de mão de obra dificulta a colheita da uva em SP

Globo Rural

  A falta de mão de obra no município de São Miguel Arcanjo, no sudoeste de São Paulo, foi o que levou o agricultor Juninho Silva a mecanizar a lavoura de oito hectares de uva niágara. Com esse cenário, o produtor, que já chegou a ter 12 funcionários, fez as contas e viu que compensava investir em maquinário.

O agricultor teve que modificar também o jeito de plantar. No sistema tradicional, chamado de linear, a distância entre as carreiras é de 1,60 metro, espaço que permite apenas a entrada de pessoas.

Agora, no plantio em Y, com espaçamento de 2,60 metros, já é possível circular dentro do parreiral com o trator, trabalho que substitui até oito funcionários.

Na propriedade de Juninho, 15 mil pés de uva estão no sistema Y. A produção do novo plantio deve ser 40% maior por conta do formato diferente. A colheita começa em março e o produtor espera produzir 35 toneladas de niágara por hectare.

Luiz Pinheiro de Oliveira também precisou investir no mesmo sistema por causa da dificuldade de encontrar trabalhadores para a colheita. Hoje, para dar conta dos três hectares, apenas a família trabalha no local. “Hoje eu pagaria em torno de R$ 50 a diária, quando acha”, diz.

De acordo com a Casa da Agricultura, a região de São Miguel Arcanjo concentra 1,6 mil produtores de uva.
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