Imprimir

Notícias / Brasil

Quatro mulheres são agredidas a cada quatro horas na Grande Vitória

Jornal Folha Vitória

 As agressões contra a mulher têm crescido no Espírito Santo. De acordo com a Delegacia de Atendimento a Mulher, a cada quatro horas uma mulher é agredida na Grande Vitória.

O medo tem tornado conta das vítimas de agressão. No fim de outubro, uma empresária que prefere não ser identificada, foi agredida com socos e tapas em um ponto de ônibus pelo namorado da irmã. O agressor de 23 anos, já possui histórico de violência e nunca foi punido. “Eu estava no ponto de ônibus quando ele chegou, parou o carro e começou a me xingar enquanto me batia. Tinha uma senhora próxima, mas ele não respeitou e veio com tudo. Ele já é acostumado a fazer isso com outras pessoas. Eu já soube que ele agrediu outras mulheres, só não sei por qual motivo ninguém fez nada”, contou a empresária.

A vítima procurou a Polícia Militar e a Delegacia da Mulher para dar queixa contra o agressor. Mesmo quase dois meses depois da agressão o homem nem sequer foi sido ouvido pela polícia, mas ela acredita que é preciso denunciar. “Tem que denunciar. A sua alto estima fica lá embaixo. Ter a sua vida normal de volta, fazer o que fazia antes. A sua vida muda por causa de um bandido”, disse.

De acordo com os números da Delegacia da Mulher que fica de plantão 24 horas, seis mulheres são agredidas por dia na Grande Vitória, uma a cada quatro horas. O chamado Plantão Especializado da Mulher registrou 2,800 ocorrências entre setembro de 2012, quando teve início até a ultima sexta-feira (13).

Para a coordenadora do plantão Arminda Rodrigues, os números são positivos, já que 1,200 homens foram presos nesse período e estão respondendo a processos na Justiça.

A delegada reforça que a mulher deve procurar a polícia já na primeira agressão para se protege de algo pior. “Duas que morreram esse ano em Vitória, não fizeram nenhum tipo de ocorrência, nós não tínhamos nem conhecimento de que elas sofriam algum tipo de violência. O importante para nós e o que temos para dizer para essas mulheres, é que venham e façam suas denuncias, porque além das medidas protetivas, Vitória também tem o botão do pânico que tem dado muita segurança para essas mulheres”, disse a delegada Arminda.
Imprimir