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Aluno denuncia que foi xingado de "retardado" por professora em escola

R7

 A família de um estudante de 11 anos está denunciando a diretoria de uma escola no bairro São João Batista, na região de Venda Nova, em BH, depois que o aluno disse ter sido chamada de "retardado" por uma professora.

O aluno, que está matriculado na Escola Municipal Antônia Ferreira há sete anos, foi atropelado aos quatro anos de idade e precisou passar por várias cirurgias na cabeça. Por causa das operações, parte do seu cabelo não cresce no lugar onde existem cicatrizes.

No início deste mês, a família teria percebido um comportamento estranho no garoto, que, segundo os parentes, estava sério, triste e sem vontade de brincar. Depois de perguntado sobre o que estava acontecendo na escola, ele acabou contando sobre o xingamento da professora.

— Eu estava sentado na mesa, ela bateu na mesa e chegou e me falou: "Menino, você está com problema de cabeça? Essa batida que você deu aí te deixou retardado?" Eu falei que não. Eu abaixei a cabeça e deitei lá na mesa e fiquei quieto, triste.

A mãe, que não quis se identificar, diz ter ficado surpreendida com o desabafo do filho. Depois de registrar boletim de ocorrência contra a professora, ela diz que ainda está preocupada com as consequências da suposta agressão verbal que o menino foi submetido.

— Ele não sente mais vontade de brincar, não quer ir pra escola. Ele quase não dorme, ele acorda, me chama, ele pergunta se eu posso colorir a cabeça dele com lápis creon. Não é mais a mesma pessoa. Isso eu não posso aceitar, é muito triste para uma mãe.

A tia do estudante também alega ter ido à instituição para tentar resolver o conflito, mas diz que ouviu da diretora que ela "estava fazendo tempestade em copo d'água" e que "ele [o garoto] estava com desordem mental".

De acordo com laudos psicológicos apresentados pela mãe, o estudante não tem nenhum disturbio mental e não sofre de nenhum trauma psicológico. A Secretaria Municipal de Educação informou que vai apurar o caso, mas que a diretoria da Escola Municipal Antônio Ferreira nega as ofensas.
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