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Morten se derrete por time e garante: 'Agora estamos em outro patamar'

EGO

 Há dois anos a seleção brasileira feminina fazia em São Paulo, no Mundial disputado no Brasil, sua melhor campanha da história. O quinto lugar mostrava uma evolução absurda, principalmente se fosse levado em conta a história do país nas 19 disputas anteriores. As meninas, porém, queriam mais. E depois de bater a Hungria por 33 a 31 e atingir as semifinais do Mundial disputado na Sérvia, ao menos o quarto lugar está garantido, o que bate a marca de 2011. Para o técnico Morten Soubak, há nove anos do Brasil, mas nascido na Dinamarca, rival das semifinais e onde a cultura do handebol é completamente diferente, as meninas colocaram o país em um novo patamar.
- Dá para falar muitas coisas desse jogo. Mas, primeiro, parabéns pelas meninas, pela atitude, pela dedicação. O jeito como trataram o jogo. Ninguém desistiu. Ninguém deu mole. Estávamos jogando contra o terceiro melhor time da Europa. Com a base do time campeão da Champions League. Top do top do mundo. Em todos os momentos as meninas falavam que iriam vencer. E vencemos. É um resultado histórico para o handebol brasileiro. Parabéns para esse grupo. Elas estão dando um passo muito grande para o handebol brasileiro, e colocando a bandeira do Brasil no topo handebol internacional - frisa Morten Soubak.
Apaixonado pelo país, Morten mais uma vez se disse brasileiro de coração. Casado com uma baiana e com uma filha nascida no Brasil, o treinador garante que talvez tenha errado seu local de nascimento.

- Isso já foi provado há muitos anos. Já falei várias vezes. Eu nasci no lugar errado - brincou.
Voltando a falar sério, o comandante garante que a seleção, apesar do degrau subido, não pode relaxar no que diz respeito ao cenário internacional, sob o risco de voltar a descer posições.
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- Subimos um degrau, ao menos nesse Mundial. No próximo, começa tudo de novo. O que estamos vendo aqui na Sérvia.... Quem apostava na Polônia na semifinal? Ninguém? Quem apostava no Brasil na semifinal? Ninguém. O nível entre os melhores é tão equilibrado... É o dia que define. São 14, 15 equipes com chance. No mata-mata, não importa a classificação, em primeiro, segundo, terceiro. O que importa é o dia. É pé no chão. Nesse Mundial, mostramos que somos capazes. Mas fazendo uma comparação com as melhores equipes do mundo, é pé no chão.
O Brasil enfrenta nesta sexta-feira, às 17h45, de Brasília, a Dinamarca, pelas semifinais do Mundial da Sérvia. O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real.
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