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Exame de DNA identifica corpo de goiano que desapareceu na Croácia

TV Anhanguera

 Um exame de DNA comprovou que um corpo encontrado na Croácia é do goiano Cleyton Ferreira Santiago, 29 anos. O pintor de paredes desapareceu há quase dois meses, ao tentar atravessar a fronteira do país com a Eslovênia. Um relatório oficial enviado nesta terça-feira ao Secretário Estadual de Assuntos Internacionais, Elie Chidiac, a polícia croata acredita que o jovem tenha sido vítima de afogamento.
"Não queria dar uma notícia dessas para a mãe no Natal, mas o destino foi maior que a minha vontade", lamentou o secretário. A família recebeu o comunicado nesta manhã.
Segundo o secretário, o corpo de Cleyton foi localizado por pescadores no início de novembro, às margens do Rio Sava, na cidade de Sisak, a 100 quilômetros do local onde desapareceu. A polícia croata desconfiou que se tratava do goiano após a mãe dele, Eva Santiago, procurar as autoridades do país.

Eva informou as características físicas de Cleyton e disse que ele tinha uma tatuagem com o nome da filha. A tatuagem coincidia com a do corpo encontrado pelos pescadores.
Mesmo acreditando que o filho estivesse preso, a mãe da vítima também forneceu material genético para um exame de DNA. Um relatório com o resultado dos exames foi enviado nesta manhã às autoridades brasileiras.
"Não há sinais de trauma no corpo. A polícia acredita que ele tenha caído no rio ou, talvez, até tentar atravessar nadando", explica Chidiac. Afluente do Rio Danúbio, o Rio Save divide a fronteira da Croácia com a Eslovênia.

O corpo de Cleyton deverá ser liberado somente na próxima sexta-feira (27). Neste dia, o secretário pretende se encontrar com a família da vítima para falar sobre o traslado dos restos mortais do rapaz.
Nascido em Anápolis, Cleyton Ferreira Santiago morava há 8 anos na Europa. Ele passou 6 anos em Portugal, onde tem uma filha de 5 anos, e viveu os últimos 2 anos na Bélgica, de forma ilegal.
Segundo a mãe, ele viajou para o Leste Europeu para um passeio com a namorada. Mas como estava com a documentação irregular, acabou foi detido na Eslovênia. De acordo com Eva Santiago, a namorada do rapaz não teve problemas na viagem, pois possui cidadania portuguesa.

Cleyton passou um mês detido, até conseguir regularizar a documentação. No entanto, as autoridades locais o liberaram na Croácia, sem permissão para retornar à Eslovênia.
A irmã do printor de paredes, Paula Santiago, relata que ele queria voltar para a Bélgica, onde mora. "Eu falei para ele, Cleyton, deixa disso, volta para o Brasil. Mas ele disse que não podia deixar as coisas dele lá", conta. Ela falou com o irmão pela última vez, por telefone, na tarde do dia 30 de outubro, mesma data em que ele desapareceu.
A última pessoa a se comunicar com o pintor de paredes foi amigo Fábio Silva, que estava na Croácia. Em mensagens enviadas às 23h27 do dia 30, no momento em que tentava atravessar a fronteira, ele escreveu: 'Deu errado'. Também pediu para o amigo esperá-lo em um posto da Croácia e que iria demorar. Depois disso, Fábio não conseguiu mais contato.
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