Imprimir

Notícias / Brasil

Pelo menos 50 pessoas morreram afogadas em dois meses em SC

G1

  Pelo menos 50 pessoas morreram afogadas em Santa Catarina deste o dia 5 de outubro, quando o Corpo de Bombeiros iniciou a Operação Veraneio no estado. Destas, sete mortes foram em áreas monitoradas. Em 2012, entre outubro e abril foram 10 óbitos nestes locais acompanhados por guarda-vidas.

Os dados contabilizados pelo Corpo de Bombeiros Militares entre 5 de outubro e 29 de dezembro indicam 48 mortes. Nesta terça-feira (31), um homem que pescava caranguejos no bairro Espinheiros morreu afogado em um rio de Joinville e nesta quarta (1º) um homem morreu na praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha de Santa Catarina. Com este caso, o número subiu para 50 mortes. Conforme os bombeiros, o maior número de casos foi registrado em áreas de água doce: 31.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o número de profissionais que atendem no monitoramento das praias e também em regiões públicas com água doce aumentou em 2013. No total, 1,6 mil guarda-vidas, entre civis e militares, atuam no estado, o que equivale a um acréscimo de 180 profissionais.

A principal causa das mortes, segundo os bombeiros é a falta de cuidado dos banhistas. De acordo com a corporação, as pessoas acreditam saber nadar, mas em momentos de dificuldade se desesperam e se afogam.

Um exemplo aconteceu em Balneário Barra do Sul, no Norte do Estado. No dia 16 de novembro, dois homens caíram na Barra do Rio, próximo da praia. Os guarda-vidas que atendem a área entraram na água para fazer o resgate, mas um homem de 36 anos se desesperou, quis ajudar, entrou na água e morreu afogado.

Número de banhistas reanimados chega a pelo menos 70
O balanço divulgado pelos Bombeiros também registra o número de salvamentos em Santa Catarina durante os dois últimos meses. Pelo menos sete pessoas em água doce e 63 no mar foram socorridos reanimados. Outros 1.359 foram arrastados pelo mar e os guarda-vidas conseguiram os retirar da água conscientes e com vida. Até o último domingo (29), 621.559 pessoas foram advertidas por estar em áreas sinalizadas como de risco nas praias catarinenses.

Número de afogamentos no Oeste preocupa

A região Oeste é uma das que mais apresenta maior número de afogamentos. Somente em Chapecó, o número de mortes chegou a 10, segundo o Corpo de Bombeiros. O número de mortes em rios e balneários da região surpreende os próprios socorristas. "A maioria é de uma faixa etária entre 15 e 25 anos. São aquelas pessoas que têm conhecimento do risco, porém acabam ignorando aqueles alertas que a gente faz, aquelas dicas de prevenções que repassamos. Subestimam o local de banho sofrem alguns acidentes", afirmou o tenente Rangel Kehl.

Além de evitar locais sem monitoramento, a orientação da corporação é não ingerir bebidas alcóolicas e evitar comidas pesadas antes de entrar na água. O cuidado deve ser redobrado com as crianças. "Questão de 30 segundos, um minuto que a pessoa se descuida a criança já pode sofrer um acidente e sérias consequências", alertou o tenente.
Imprimir