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Testemunhas de atropelamento não viram sinal de embriaguez em major

G1

  Testemunhas ouvidas nesta quinta-feira (2) na investigação do atropelamento de uma família na MG-010, em Vespasiano, na Grande BH, disseram que não perceberam sinais de embriaguez no condutor do carro, segundo a delegada de plantão Francione Fintelman. Uma garota de 11 morreu e quatro pessoas ficaram feridas no acidente, nesta quarta-feira (1º). Segundo a Polícia Militar (PM), elas foram atingidas pelo veículo, dirigido por um major da corporação, quando caminhavam pelo acostamento.

Quatro policiais militares que participaram do registro do boletim de ocorrência e um homem que escapou do atropelamento prestaram depoimentos à Polícia Civil. Ainda segundo a delegada, os feridos serão ouvidos no hospital. Ao deixar a delegacia de Vespasiano no meio na tarde desta quinta-feira (2), ela se dirigiu ao Hospital de Pronto-Socorro Risoleta Tolentino Neves, em Belo Horizonte. Há também expectativa pelo depoimento do major.

Ainda segundo a delegada, como o condutor está internado no Hospital Militar em estado de choque, é preciso aguardar autorização da equipe médica para que ele possa ser ouvido no hospital ou na delegacia. Logo após o acidente, ele alegou à Polícia Militar que seguia no sentido Belo Horizonte, quando foi fechado por um carro e desviou para o acostamento, atingindo a família. No momento, ele estava acompanhado da filha. Segundo a polícia, eles não se feriram.

Uma garrafa de bebida foi apreendida no local do acidente. De acordo com a polícia, o recipiente vai ser analisado pela perícia. Logo após o ocorrido, policiais militares que estiveram na MG-010 não souberam informar se o condutor apresentava sinais de embriaguez. O major não quis fazer o teste do bafômetro e assinou um documento de recusa.

Além da garota que não sobreviveu, três mulheres e uma criança foram atropeladas. Elas foram resgatadas por equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foram levadas para duas unidades de saúde de Belo Horizonte.

De acordo com o Hospital de Pronto-Socorro Risoleta Tolentino Neves, as três mulheres internadas na unidade de saúde não correm risco de morrer. Elas tiveram fraturas e seguem internadas. Um menino de quatro anos está no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII com quadro estável, consciente e respirando sem ajuda de aparelhos.

De acordo com a Polícia Civil, o corpo da garota de 11 anos foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) e deve ser enterrado no Cemitério Municipal de Vespasiano.
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